Ações beneficiaram 115 famílias que participam do Programa de Aquisição de Alimentos, apoiadas pelo Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá, em parceria com a Fundação Jari, norteado pelo Projeto REDD+ da Biofílica.
A política de fomento à produção familiar direcionada aos produtores rurais da região Oeste do Pará, e Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Água Branca do Cajari, no Sul do Amapá, tem registrado excelentes resultados. Somente as quatro primeiras feiras do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), realizadas no início deste ano, reuniram mais de 100 agricultores que vivem na Reserva Extrativista do Rio Cajari (Resex), unidade de conservação, nas áreas rurais de Laranjal e Vitória.
As ações resultaram em 24 mil toneladas de produtos da agricultura local negociados, gerando R$ 148.082,50 de renda distribuída entre as 115 famílias participantes. Nas oportunidades, foram comercializados apenas os excedentes da produção de farinha de mandioca, hortaliças, frutas, castanhas e do cultivo de peixes.
A iniciativa conta com a participação da equipe do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), em parceria com a Fundação Jari. O trabalho de ambas as instituições é prestar assistência técnica e apoio logístico aos agricultores participantes do programa, incentivando-os a expandirem a quantidade e o nível de qualidade dos produtos aliada à conservação em suas propriedades, gerando desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Todo o trabalho é norteado pelo Projeto REDD+ da Biofílica, mecanismo que propõe um conjunto de ações com foco em atividades sociais, de clima e biodiversidade que resultam na redução das emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal.
“Este é o resultado – e um bom exemplo – de apenas uma das frentes para as quais trabalhamos de modo a contribuir com o desenvolvimento sustentável da região do Vale do Jari. Nosso objetivo é envolver cada vez mais os produtores rurais agroextrativistas desses municípios na Política de Crédito Rural, ofertando, juntamente com nossos parceiros, um assessoramento técnico adequado”, explica Arnaldo Barbosa dos Santos, engenheiro agrônomo e analista de projetos da Fundação Jari.
Nessa esteira, o planejamento da fundação para 2021 é ampliar o acesso dos produtores rurais para atingir R$ 1 milhão no PAA e R$ 500 mil no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Ações constantes, crescimento à vista
A meta da Fundação Jari e dos parceiros é inserir o maior número possível de produtores rurais no contexto da política de fomento à produção familiar com o auxílio das instituições organizadas da sociedade civil. Com isso, é possível garantir os Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) aos beneficiários dos programas.
De modo geral, todo trabalho é desenvolvido para beneficiar um número maior de produtores com acesso aos recursos dos programas nos municípios. Uma vez inseridos, os benefícios são aumento do volume de produtos comercializado nas feiras anualmente; expansão da renda familiar nas unidades de produção; acesso à tecnologia de produção; capacitações e melhoria na qualidade de vida das famílias.
De acordo com Santos, para aprimorar ainda mais as condições de todo o processo que envolve a atividade, a Fundação Jari pretende promover a criação de um comitê para a elaboração de projetos de captação de recursos junto a programas do Governo Federal que estejam alinhados com as necessidades locais, com o objetivo de fortalecer a atuação integrada entre agentes financeiros, órgãos de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e iniciativa privada.
“Queremos aumentar o volume de investimentos (recursos dos programas) aplicados no desenvolvimento rural sustentável da região. Para tanto, precisamos necessariamente, fundação, representantes de instituições locais de ATER e colaboradores das prefeituras, estar alinhados em busca do fortalecimento desse extenso trabalho”, finaliza.
?? Confira a entrevista do coordenador da Fundação Jari, Jorge Rafael Almeida no canal AgroMais
O Programa de Aquisição de Alimentos já beneficiou 115 famílias no sul Amapá e oeste do Pará. Quem conversou com a gente sobre esses resultados foi o Jorge Rafael Almeida, coordenador da Fundação Jari. Acompanhe!
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