Na prática, os membros da comunidade da RESEX Rio-Preto Jacundá já começaram a utilizar os conhecimentos adquiridos no Curso de Identificação Botânica para monitorar espécies da flora e reduzir o impacto florestal. O curso também reforça a importância da informação para o desenvolvimento comunitário e a redução do desmatamento na área do Projeto REDD+ RESEX Jacundá.
Em nosso último post, contamos sobre o Curso de Identificação Botânica oferecido aos moradores da ASMOREX (Associação de Moradores da Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá), área onde atua o Projeto REDD+ RESEX Jacundá. A atividade foi realizada a partir da necessidade identificada pelos próprios moradores envolvidos no manejo sustentável da região e os conhecimentos adquiridos já começaram a ser aplicados.
“Esse curso é muito importante, principalmente para a comunidade. Nós, que trabalhamos com o manejo e recuperação de áreas degradadas, temos dificuldade com a identificação botânica, principalmente em uma área onde temos tanta diversidade. O valor agregado para mim do curso, como estudante de pós-graduação, é saber identificar espécies para ter dados válidos e concretos que representam a nossa Amazônia Ocidental, que é foco dos meus estudos.” — diz Ariane Cristina, Engenheira Florestal.
O colaborador do Jardim Botânico de Nova York, Erisson Medeiros, explica que o objetivo do curso era que todos os alunos saíssem dali com os recursos necessários para realizar uma coleta e identificação de uma planta ou, caso não tenha condições de realizar a identificação correta e com total confiabilidade, ter recursos e contatos para trazer essa identificação.
“Antes a gente reconhecia (as plantas) de vista, principalmente pela casca. Hoje já conseguimos identificar pela flor ou pela folha também. Vai fazer diferença para mim porque ano passado comecei a trabalhar com botânica e não conhecia muito. Agora com esse curso estamos pegando conhecimento” — comenta o morador da ASMOREX, Ludbre de Oliveira.
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Assista ao vídeo e veja os depoimentos de alguns membros da Associação sobre a ação:
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O Projeto REDD+ RESEX Jacundá é o primeiro projeto REDD+ desenvolvido em uma unidade de conservação estadual, em Rondônia, e o único em funcionamento com validação e verificação nos padrões VCS e CCB da Verra com esse perfil. Além disso, o projeto é viabilizado através de uma parceria entre Biofílica Ambipar e a Associação de Moradores da Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá, ASMOREX.
Desde o início dessa parceira, a ASMOREX pratica, em paralelo às atividades do Projeto REDD+, o manejo florestal de baixo impacto e é exemplo de como desenvolver a comunidade de maneira responsável dentro da floresta a partir de diversos serviços ambientais.
Definitivamente, um modelo a ser seguido por outras comunidades, principalmente por entender que a conservação florestal vai além de questões ambientais, estruturando o tripé da sustentabilidade, juntamente à causa socioeconômica — o mesmo tripé que é base para os projetos REDD+ e explicam o seu sucesso.
Quando os moradores encontram na floresta maneiras de se desenvolver, são incentivados e entendem a importância dos recursos naturais, conservam e apoiam a redução do desmatamento.
Para nós, é uma realização acompanhar o progresso contínuo do projeto e agradecemos aos nossos parceiros e seus colaboradores que nos ajudaram a viabilizar o curso: ASMOREX, Centro de Estudos Rioterra, UNIR (Fundação da Universidade de Rondônia) e Jardim Botânico de Nova York.
Conheça o Projeto REDD+ da RESEX Jacundá e suas atividades que viabilizam a redução do desmatamento,
geram créditos de carbono e neutralizam as emissões das maiores empresas do mundo.