Com a compra de créditos de carbono por meio da Biofílica, provenientes do tratamento do biogás e da destinação responsável de resíduos do projeto do aterro sanitário Salvador da Bahia, a retail tech neutralizou duas vezes o CO2 emitido em suas operações a partir de 2021.
Além de mensurar e diminuir seu impacto, neutralizar a pegada de carbono é uma forma que empresas comprometidas com iniciativas ESG (sigla em inglês que significa Ambiental, Social e Governança) encontraram para contribuir com o futuro sustentável do planeta.
Mas, e se fosse possível dar um passo a mais?
Foi o que pensou e realizou a AMARO, marca de lifestyle e referência em moda e agora em consciência ambiental.
A partir do início de 2021, além de reduzir ao máximo a quantidade de CO2 emitida em suas operações e cadeia de produção, a marca mapeou, multiplicou por dois e neutralizou essas emissões. Ou seja, mais que carbono neutro, tornou-se carbono negativo.
A ação foi possível por meio da compra de créditos de carbono provenientes de investimentos em iniciativas ambientais que atuam de diferentes formas. Entre elas, o tratamento do biogás, um dos produtos da decomposição anaeróbia de resíduos orgânicos, composto principalmente por metano (CH4), um gás com potencial de efeito de estufa 25 vezes maior que o CO2. Sua queima, além de contribuir para redução de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, também permite a geração de energia elétrica limpa e renovável. É o que buscam incentivar os proponentes UniCarbo e Grupo Solví, com o projeto de carbono do aterro sanitário Metropolitano Centro de Salvador da Bahia, localizado em Lauro de Freias (BA).
A intermediação de comercialização de créditos de carbono foi realizada pela Biofílica Ambipar Environment.
O aterro sanitário iniciou suas operações em 1999 e a primeira fase do projeto de coleta e queima de biogás foi iniciado em 2004. Em 2011 entrou em operação a segunda fase do projeto com a instalação de uma usina de energia de 20 MW movida a biogás. Atualmente o projeto, é composto por 2 flares de LFG de 5 360 Nm³/h e 19 grupos geradores de LFG de 11 MW cada, e gera anualmente 1.300.000 MWh.
Essa quantidade de energia é o suficiente para abastecer por exemplo, a cidade de Juazeiro, a quinta mais populosa da Bahia com aproximadamente 200.000 habitantes.
Projeto de Gerenciamento de Gases do Aterro Sanitário de Salvador da Bahia
O ciclo de vida de um produto sempre termina em um aterro sanitário, onde sofre degradação anaeróbia e acaba liberando uma grande quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, como o metano.
O projeto garante que o biogás seja extraído por meio de drenos e tubulações e direcionado para uma estação de tratamento, onde é utilizado como combustível para geração de energia elétrica. Uma vez que a emissão do metano é evitada, é possível a originação dos créditos de carbono pela diminuição das emissões deste gás para a atmosfera.
Localizado no Aterro Metropolitano Centro, que atende a Região Metropolitana de Salvador, o projeto é um dos primeiros no mundo a ser registrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), da ONU, em 2005.
Quer saber mais sobre o mecanismo e como investir pode ajudar a sua empresa a ser reconhecida pela consciência ambiental?