Mata Atlântica:
a beleza e a riqueza do litoral brasileiro

No dia de uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, promover a conservação de sua área de cobertura nativa remanescente é o melhor presente que podemos oferecer.

Responsável pela beleza do litoral brasileiro, a Mata Atlântica é ao mesmo tempo uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo e uma das mais ameaçadas. Com uma composição que chama atenção por englobar variadas formações florestais nativas e ecossistema associados, hoje restam apenas 12,4% da cobertura original, que abriga cerca de 20 mil espécies de flora e mais de 2 mil espécies de fauna. Entre elas, 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil, como o mico-leão-dourado, símbolo desse bioma, e a onça-pintada.

 

 

Abrangendo 17 estados brasileiros, sua importância vai além, com um papel essencial, por exemplo, para o abastecimento de água, regulação do clima, agricultura elétrica e turismo das regiões adjacentes.

Devido a sua localização e riqueza, desde a colonização a floresta sofre com a exploração e o desmatamento. Na tentativa de proteger o que restou de mata nativa, no ano de 1937, em uma área de Mata Atlântica entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, foi criado o primeiro parque nacional brasileiro. 55 anos depois, em 1992, o bioma foi reconhecido pela UNESCO como Reserva da Biosfera, instrumento que protege e apoia o uso sustentável de áreas de floresta tropical.

Comemorado hoje, 27 de maio, o Dia da Mata Atlântica é dedicado a ressaltar importância e promover a conservação do bioma. A data foi escolhida por em 1560, ser o dia que o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, onde pela primeira vez descreveu a biodiversidade de nossas florestas tropicais.

 

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Fontes:
MMA  /  SOS Mata Atlântica  /  WWF

Caatinga: um bioma exclusivamente brasileiro

Hoje é o Dia da Caatinga, a única floresta 100% brasileira que compõe os belos cenários nordestinos.

Predominante na região nordeste, a Caatinga é o bioma de clima semiárido com a maior biodiversidade do mundo e o único encontrado exclusivamente em território nacional. Sua flora e fauna chamam atenção por abrigarem cerca de 5.300 espécies de plantas, sendo 1.547 exclusivas dessa região, e mais de 1.000 espécies de animais, entre eles a ararinha-azul, ave com maior risco de extinção do Brasil.

Ainda que sua área corresponda a 11% do território nacional e 70% da região nordeste, 45% da paisagem da floresta já foi devastada pela ação do homem e cerca de 15% sofre risco de desertificação pelo alto grau de degradação.

 

 

Como forma de preservar o bioma, aproximadamente 9% de sua área está protegida em Unidades de Conservação, sendo essa uma das formas
de Compensação de Reserva Legal na Caatinga.

O dia desta importante floresta, celebrado no dia 28 de abril, foi criado para conscientizar a todos sobre a importância da conservação e do
uso sustentável de suas riquezas.

Sua propriedade rural está localizada nesse bioma e tem déficit de Reserva Legal?
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Projeto REDD+ RESEX Rio Preto Jacundá – uma construção coletiva para unir conservação à materialização dos sonhos das comunidades da floresta

A Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá, localizada a nordeste do estado de Rondônia, é casa para 130 comunitários, cuja subsistência é baseada em atividades extrativistas e na agricultura de pequena escala. Apesar de toda a riqueza natural presente na floresta, os comunitários vivem com renda abaixo do nível de pobreza, dependentes de programas de auxílio do governo e sob ameaça de segurança de seu território.

O projeto REDD+ Jacundá é uma construção coletiva entre a Associação de Moradores da Reserva, a ONG Rio Terra, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) de Rondônia e a Biofílica, para que os comunitários busquem maior autonomia de gestão e econômica da Reserva. Para que eles se tornem protagonistas do processo de tomada de decisão e possam contribuir de forma direta na conservação da biodiversidade na Reserva, diversas oficinas vêm sendo realizadas em um processo de longo prazo e cíclico de diagnóstico, capacitação, conscientização, planejamento coletivo e, fase que se inicia agora, execução das atividades.

Para chegar até este momento, ocorreram duas importantes oficinas em que se definiu o “Plano de Vida” da comunidade e a “Construção do Mecanismo de Repartição de Benefícios e Resolução de Conflitos” do Projeto REDD+.

O Plano de Vida dos moradores da Reserva, feito a partir de uma análise da realidade local e da definição de crenças, valores e princípios, visa nortear a elaboração de um Plano de Trabalho que responda às necessidades e anseios da comunidade. Os moradores foram motivados a falar e refletir sobre a realidade local em relação a questões socioambientais, culturais, políticas e econômicas, resultando na construção de um Plano de Ação que reflete diversos anseios da comunidade como o resgate da medicina popular e saúde preventiva, maior geração de renda, investimentos em educação e capacitação técnica, melhoria das moradias, a inclusão de jovens, a maior participação de mulheres, conservação ambiental, entre outros.

Já a construção coletiva do mecanismo de repartição dos benefícios gerados pelo projeto, busca formar a base para que este mecanismo esteja alinhado aos anseios da comunidade e seja conduzido de maneira transparente e participativa.  Os principais pilares definidos pela comunidade para a criação do Mecanismo de Repartição de Benefícios foram: alinhamento com as demandas da Reserva, garantindo viabilidade social, ecológica, cultural e econômica do modo de vida extrativista; incentivo ao empoderamento de gênero e fortalecimento cultural; promoção de investimentos em infraestrutura, comunicação, educação, e meios de geração de renda; e, gestão colegiada e comprometida com os anseios comunitários. Em adicional foi definido que a governança contará com a contribuição e experiência das instituições parceiras da Reserva – Asmorex, Biofílica, CES Rioterra, SEDAM e UNIR – via um Conselho Gestor que se reunirá periodicamente e norteará as atividades do Projeto.

Estas oficinas foram decisivas para o processo de estruturação do projeto, além de serem uma amostra de como a gestão do projeto será conduzida nos próximos anos: incentivando o empoderamento social para proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida dos comunitários e conciliando o desenvolvimento socioeconômico com a conservação ambiental.