O Manejo Florestal na Amazônia e os Projetos de Carbono – aliados na conservação florestal.

por Caio Gallego, Gerente de Inteligência NBS na Biofílica Ambipar


 

O manejo florestal na Amazônia desempenha um papel crucial na conservação ambiental e no combate às mudanças climáticas, especialmente em face do crescimento das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) decorrentes da conversão de florestas tropicais. O Manejo Florestal Sustentável (MFS) representa uma evolução da prática predatória do passado para uma abordagem mais responsável e sustentável, permitindo a extração seletiva e de baixo impacto de madeira, promovendo a regeneração da floresta e a preservação da biodiversidade.

 

Floresta conservada pertencente a área do Projeto REDD+ Manoa, referência mundial em manejo florestal sustentável.

Floresta conservada pertencente a área do Projeto REDD+ Manoa, referência mundial em manejo florestal sustentável

 

Existe uma correlação positiva entre o MFS e o Mercado Voluntário de Carbono (VCM), uma vez que o primeiro se trata de uma atividade de gestão florestal de baixo impacto, e o segundo visa financiar atividades que promovam, por meio de suas práticas, a redução ou remoção de emissões de GEE. Podemos considerar diferentes aspectos nessa relação, como:

  • Governança territorial
  • Escala
  • Tempo
  • Retorno financeiro e
  • Pesquisa científica

Por este motivo, entende-se que a associação do MFS a projetos de carbono é um passo inicial para promover a gestão territorial, assegurar a estabilidade financeira e a visão de longo prazo necessárias para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Discorreremos a seguir nas razões para esta afirmação.

 



Práticas Complementares

Atualmente, as atividades de conversão de florestas tropicais em usos agropecuários representam uma parcela significativa das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) no Brasil1. Portanto, as práticas de gestão, manejo e conservação florestal desempenham um papel fundamental na mitigação de impactos socioambientais e no cumprimento das metas brasileiras em acordos internacionais.

Diante disso, surge uma pergunta: “Como a atividade de exploração florestal pode ser considerada aliada nas estratégias de conservação florestal e combate às mudanças climáticas, sendo que é uma das principais responsáveis pela degradação e pelas emissões de GEE?”. É por meio deste Posicionamento Técnico que pretendemos abordar essa questão e iniciar uma série de posicionamentos que publicaremos neste ano. Através desta iniciativa, buscamos aproximar a sociedade dos desafios, dilemas e oportunidades com os quais o desenvolvedor de projetos de carbono lida diariamente.

Neste texto será dada ênfase ao Manejo Florestal Madeireiro, que consiste na extração seletiva de espécies arbóreas nativas para beneficiamento em diferentes produtos madeireiros. Embora existam diversas abordagens de manejo florestal, como a extração de produtos não madeireiros, manejo de fauna, ecoturismo, entre outras, o Manejo Florestal Madeireiro é ainda a atividade mais relevante na Amazônia em termos econômicos2, de escala e de conhecimento técnico-científico.

A prática de manejo madeireiro não surgiu da forma como conhecemos hoje. No início do século XX, era caracterizada por uma exploração predatória dos recursos florestais, mas ao longo das últimas décadas, evoluiu para uma prática mais sustentável e responsável.

Esse desenvolvimento foi impulsionado no início na década de 1990, especialmente devido à Conferência das Nações Unidas de 1992 no Rio de Janeiro, a Eco-92, onde foram estabelecidos diversos compromissos relacionados à gestão de florestas, que resultaram na formulação de novas leis e políticas nacionais. Nos anos seguintes, surgiram então as primeiras certificações – com destaque para o FSC (Forest Stewardship Council) – e, com a melhoria das técnicas de redução de impactos e um maior olhar para aspectos sociais e de biodiversidade, a prática passou a ser chamada de Manejo Florestal de Impacto Reduzido, ou Manejo Florestal Sustentável (MFS).

Hoje, o MFS é uma prática que visa a extração seletiva de madeira, utilizando técnicas de baixo impacto que possibilitam a regeneração da floresta e a preservação da biodiversidade. Para quem tiver curiosidade em entender o MFS em mais detalhes, listamos algumas sugestões de leitura ao final deste texto.

Em paralelo ao processo de desenvolvimento do Manejo Florestal Madeireiro se desenvolvia também o Mercado Voluntário de Carbono (VCM, sigla em inglês). Após a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, em 2005, a tese do VCM ganhou mais força devido aos incentivos à geração de créditos de carbono por países em desenvolvimento, abrindo caminho para o surgimento de diversos padrões de certificação não vinculados ao Protocolo, como o Verified Carbon Standard (VCS) e o Gold Standard.

 


 

Não pretendo discorrer aqui sobre os detalhes da concepção e estrutura atual do VCM. Neste sentido, para os interessados no tema, listo leituras recomendadas ao final. Vale ressaltar que o VCM cresceu significativamente nos últimos anos, atingindo a marca de US$ 2 Bilhões em transações anuais em 20223 e estima-se que possa ultrapassar os US$ 50 Bilhões na próxima década4.

Neste contexto, o setor florestal desempenha um importante papel, especialmente para a modalidade de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que representa hoje cerca de 32% deste mercado em valor5 . O REDD+ é um mecanismo aplicado por governos ou organizações que visa remunerar resultados obtidos através do aprimoramento da gestão de florestas de modo a evitar o desmatamento e a degradação florestal, assegurando a manutenção dos estoques de carbono e da biodiversidade.

Mas qual a relação entre o VCM e o Manejo Florestal Madeireiro? Esta relação pode ser abordada de duas perspectivas opostas. Por um lado, a extração madeireira predatória pode ameaçar a conservação das florestas e reduzir a eficácia das estratégias de REDD+. Por outro lado, o Manejo Florestal de Impacto Reduzido, especialmente as operações certificadas, pode ser um aliado da conservação e essencial para as estratégias de REDD+.

 


 

Principais fatores que demonstram a correlação positiva entre o Manejo Florestal Sustentável e os Projetos de Carbono

Treinamento para o time do ICMBio sobre as boas práticas para manejo de baixo impacto no Projeto REDD+ Manoa

Treinamento para o time do ICMBio sobre as boas práticas para manejo de baixo impacto no Projeto REDD+ Manoa

Governança do Território:

Como diz um provérbio popular, “O que não se usa, se perde”. Um dos principais fatores que resultam na invasão de terras e desmatamento na Amazônia é a falta de governança territorial. A implementação e o fortalecimento de gestão territorial é uma estratégia fundamental para os Projetos REDD+, por meio da presença física, com o monitoramento ambiental, patrulhamento e operações de campo. Neste aspecto, a presença do MSF cumpre um papel fundamental, por meio de suas operações anuais de grande escala. Tanto o projeto REDD+ como o MFS asseguram a manutenção dos ativos principais do negócio: a madeira e o carbono. Além disso, implementam uma gestão de partes interessadas, proporcionando a geração de impactos positivos e reduzindo o risco de conflitos sociais.

 

Escala e Tempo:

Os desafios ambientais que enfrentamos atualmente exigem soluções em grande escala e que se perpetuem no longo prazo. Esses também são princípios fundamentais tanto do mercado de carbono quanto do MFS. Em outras palavras, para gerar impactos climáticos positivos consistentes, as iniciativas do mercado de carbono precisam ser viáveis em grande escala e os seus benefícios devem ser permanentes. Os projetos REDD+, por exemplo, devem ter duração mínima de 40 anos. O MFS é estruturado de forma semelhante, com ciclos de pelo menos 25 anos para cada Unidade de Produção Anual (UPA), permitindo a recuperação natural dos impactos na área explorada antes que a operação retorne para a mesma área. Essa dinâmica requer a estruturação de uma operação de longo prazo em grandes territórios. Deste modo, nada mais lógico que conciliar as duas operações, reduzindo riscos e facilitando o ganho de escala do negócio.

 

Operação de manejo florestal sustentável - Projeto REDD+ Jutaituba

Operação de manejo florestal sustentável no Projeto REDD+ Jutaituba

Retorno Financeiro:

A floresta em pé no Brasil vale menos que a floresta derrubada, essa é uma máxima repetida há décadas. A retirada da floresta gera renda imediata através da venda da madeira e da rápida implementação de pecuária extensiva, somada à imediata valorização da terra, que se torna então “produtiva”. No Brasil, ainda faltam incentivos econômicos relevantes alinhados à conservação florestal que possam inverter essa lógica. Estes não devem se limitar apenas a políticas públicas de incentivo, como os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), mas também à utilização de mecanismos de mercado, como o crédito de carbono, e à exploração sustentável de recursos naturais como madeira, resinas, medicamentos, turismo, entre outros. A soma de atividades econômicas baseadas na natureza, também chamada de Bioeconomia, tende a aumentar os incentivos financeiros e equilibrar a relação custo-oportunidade em comparação com outras atividades convencionais, como a pecuária extensiva e a agricultura. Ou seja, o crescimento e a diversificação na geração de receita proveniente da exploração sustentável dos recursos naturais refletem diretamente nos incentivos para a manutenção destes recursos e, consequentemente, levarão à redução do desmatamento, objetivo principal do mecanismo REDD+.

Demonstração de boas práticas de manejo com impacto reduzido à floresta e redução de riscos aos colaboradores na área do Projeto REDD+ Manoa

Demonstração de boas práticas de manejo com impacto reduzido à floresta e redução de riscos aos colaboradores na área do Projeto REDD+ Manoa

Pesquisa Científica & Inovação:

Muitos consideram que a Amazônia é um laboratório a céu aberto, repleto de riquezas ainda não exploradas e com enorme potencial para oferecer soluções aos desafios da humanidade no século XXI. Infelizmente, a exploração dos recursos naturais ainda é predominante nessas regiões e baseia-se na extração de recursos primários com baixo nível de beneficiamento e praticamente nenhum emprego tecnológico (como madeira, minérios, frutos e castanhas), resultando na destruição de riquezas potenciais ainda não descobertas. Para invertermos essa lógica, é necessário um alto investimento em Pesquisa Cientifica & Inovação, acelerando as iniciativas em biotecnologia de forma atrelada à valorização do conhecimento tradicional. Essa abordagem vai de encontro com os valores promovidos pelo REDD+ e o MFS. Infelizmente, a existência de grandes territórios sob uma gestão de conservação de longo prazo e financeiramente saudável é exceção, não a prática no Brasil. Portanto, a consolidação dessas iniciativas tem o potencial de abrir portas à Pesquisa & Inovação, por meio de programas de incentivo em parceria com governos locais e do oferecimento de infraestrutura adequada.

 

Profissionais realizando o romaneio de espécies abatidas e utilizando GPS para localização das espécies a serem manejadas na área doProjeto REDD+ Manoa

Profissionais realizando o romaneio de espécies abatidas e utilizando GPS para localização das espécies a serem manejadas na área do Projeto REDD+ Manoa

 

Impacto das Atividades

Transporte de toras, provenientes de manejo sustentável na área do Projeto REDD+ Jutaituba.

Transporte de toras, provenientes de manejo sustentável na área do Projeto REDD+ Jutaituba

 

Por fim, não poderia deixar de mencionar o aspecto relacionado aos impactos gerados pela contínua atividade de operação madeireira em uma floresta nativa e de que forma podem refletir nos Projetos REDD+. Mesmo o MFS certificado causa impactos, tais como a construção de infraestruturas, trilhas para passagem de máquinas, abertura de clareiras e a retirada de árvores de alta biomassa.

No entanto, é possível mensurar com precisão o nível destes impactos nos estoques de carbono e, posteriormente, descontá-los na contabilização de emissões do projeto REDD+. Isso pode ser realizado mediante a conciliação de dados operacionais de campo com técnicas de sensoriamento remoto, evitando questionamentos relacionados à integridade no cálculo das Emissões de GEE do projeto de carbono. Outros potenciais impactos sociais e ambientais podem ser monitorados e mitigados, por esse motivo são importantes as certificações que asseguram o controle de qualidade das operações. É importante ressaltar que esse impacto é substancialmente menor que as demais alternativas econômicas usuais, como a exploração madeireira predatória convencional, que frequentemente desencadeia uma degradação em série culminando na implantação da pecuária.

 

Sagui-de-nariz-branco (Saguinus nigricollis). Espécie encontrada na área de manejo sustentável do Projeto REDD+ Jutaituba.

Sagui-de-nariz-branco (Saguinus nigricollis). Espécie encontrada na área de manejo sustentável do Projeto REDD+ Jutaituba

 

Perspectivas de Futuro

Cachoeira da Manoa, área de alto valor de conservação do Projeto REDD+ Manoa

Cachoeira da Manoa, área de alto valor de conservação do Projeto REDD+ Manoa

Sem dúvida, as soluções para o desenvolvimento econômico sustentável da região amazônica devem ir muito além da extração de recursos primários como madeira, e dos mecanismos transitórios de incentivo econômico, como o mercado de carbono.

Em uma escala macro, é necessário que ocorra um ordenamento territorial, por meio da regularização fundiária, comando e controle sobre atividades ilegais, e da implementação de uma gestão efetiva de terras públicas. Paralelamente, é essencial um investimento adequado em geração de conhecimento, de modo a sustentar o processo de transformação tecnológica das cadeias produtivas. Sem essas iniciativas, jamais conseguiremos avançar para além do extrativismo de produtos primários com baixo valor agregado, impedindo o crescimento na geração de renda e desenvolvimento socioeconômico.

O estabelecimento da atividade de MFS associada a projetos de carbono não representa a solução definitiva para a Amazônia, mas sim uma etapa inicial fundamental para possibilitar a consolidação de uma governança territorial com estabilidade financeira e visão de longo prazo, dando assim suporte ao desenvolvimento de outras iniciativas de maior valor agregado e assegurando a manutenção dos ativos ambientais para as próximas gerações.

 

Rio Paru, na comunidade do Cafezal, área de floresta conservada do Projeto REDD+ Jari Pará

Rio Paru, na comunidade do Cafezal, área de floresta conservada do Projeto REDD+ Jari Pará

 


 

Referências e Sugestões de Leitura:

 


 

 


Caio Gallego
Gerente de Inteligência NBS
Biofílica Ambipar

 


 

[1] Cerca de 48% das emissões nacionais em 2022, de acordo com os dados do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa)
[2] Segundo o IBGE, cerca de 63% da produção extrativista no Brasil em 2022 foi de origem madeireira.
[3] Ecosystem Marketplace, 2023: State of the Voluntary Carbon Markets 2023
[4] McKinsey, 2021: A blueprint for scaling voluntary carbon markets to meet the climate challenge
[5] Ecosystem Marketplace, 2023: State of the Voluntary Carbon Markets 2023

Ambipar conduz doação de área florestal da AgroSB ao Governo do Amazonas para Compensação de Reserva Legal

A área doada para incentivar o desenvolvimento rural sustentável e a conservação ambiental do estado será recebida a título de Compensação de Reserva Legal.

Foi concluída mais uma doação de área com a finalidade de Compensação de Reserva Legal conduzida e assessorada pela Biofílica Ambipar para a AgroSB. A empresa, que já havia doado ao ICMBio mais de 12 mil hectares de área localizada na Reserva Extrativista Baixo Juruá, no estado do Amazonas com essa finalidade, realizou agora nova doação ao Governo do Estado do Amazonas. 

A área doada representa o ganho de mais de 15.209 hectares para o governo e reforça o compromisso da AgroSB em incentivar e fomentar o desenvolvimento rural sustentável e a conservação ambiental da Floresta Amazônica.  

A doação de áreas para fins de Compensação de Reserva Legal está prevista no artigo 66, inciso III, § 5º, inciso III, do Código Florestal. A doação da área foi realizada ao Estado do Amazonas para o processo de regularização e compensação das áreas via Programa de Regularização Ambiental (PRA).

 

Compra de um imóvel localizado em Unidade de Conservação (UC)

 

A modalidade consiste em: o proprietário com déficit de Reserva Legal adquire uma área em UC que esteja pendente de regularização fundiária e doa ao poder público, sendo a negociação benéfica para todas as partes.

 

Por que a compra em UC é vantajosa?

 

A área fica sob responsabilidade do órgão ambiental; 

O comprador não terá que investir em manutenção da Reserva Legal; 

Não há o acréscimo de área a ser compensada referente à reserva do imóvel que está sendo adquirido; 

O pagamento é único; 

A Reserva Legal fica perpetuamente averbada na matrícula do imóvel; 

A Unidade de Conservação regulariza sua situação fundiária; 

A conservação da área prioritária fica sob a responsabilidade de um agente ambiental competente.

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A força da natureza contra as mudanças climáticas

 

Car@s colegas, parceiros e clientes,

 

Ao encerrarmos mais um ano de trabalho, queremos compartilhar com vocês a nossa alegria e orgulho por tudo o que conquistamos juntos. 2023 representou um verdadeiro freio de arrumação para o mercado voluntário de carbono internacional, no qual houve uma verdadeira separação do joio do trigovisando a consolidação de projetos de carbono de alta integridade socioambiental.

Resiliência foi a palavra-chave esse ano, representando, também, uma janela de oportunidade para que possamos entrar mais fortalecidos em 2024 e continuarmos a união de esforços com o objetivo de aprimorar a integridade, qualidade, confiança e escala dos projetos de Soluções Baseadas na Natureza.

 

No Brasil, os Três Poderes se uniram com o objetivo de fortalecer a pauta de combate às mudanças climáticas e o país nunca esteve tão perto de contar com um Mercado Regulado de Carbono:

 

No âmbito do Legislativo, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.148/2015, que cria o Mercado Regulado de Carbono no Brasil. O avanço desse projeto é um marco histórico para a descarbonização da economia brasileira e fortalece o mercado voluntário, já que haverá interoperabilidade entre os dois mecanismos. Desenvolvemos uma análise sobre o tema, que pode ser acessada por esse link.

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Também foi sancionada a Lei nº 14.590/2023, que corrige um entrave histórico na legislação nacional de Concessões Florestais, permitindo agora o desenvolvimento de projetos de carbono nessas áreas. A Biofílica Ambipar tem trabalhado ativamente com o Ministério do Meio Ambiente, com o Serviço Florestal Brasileiro, com o ICMBIO e BNDES para auxiliar na regulamentação da lei, preparando modelos de viabilidade e cenários com o objetivo de alavancar substancialmente as concessões florestais no Brasil.

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No âmbito do Executivo, a Biofílica Ambipar passou a contar com uma cadeira na Comissão Nacional para REDD+ (Conaredd+), representando o setor privado. É a primeira vez, desde a criação da Comissão, que existe representatividade do setor privado. A conquista da cadeira significa o reconhecimento da expertise técnica e do engajamento da Biofílica Ambipar na área de Soluções Baseadas na Natureza.

 

Já em nível internacional, as principais entidades e stakeholders do mercado voluntário de carbono (MVC) têm unido esforços em torno do aprimoramento da integridade, confiança e escala, refletindo numa perspectiva muito positiva em relação ao futuro desse mecanismo de financiamento climático.

 

Na COP28, que aconteceu em Dubai, participamos de diversas discussões e pudemos interagir com nossos parceiros internacionais. Vimos um consenso global sobre a importância do mercado de carbono para a descarbonização e a mitigação das mudanças climáticas. Como exemplo, citamos a fala da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a importância desses mecanismos e sua ligação com a proteção de Biodiversidade. A propósito, desenvolvemos um boletim com todas as notícias sobre o MVC durante a COP 28, que pode ser acessado por este link.

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Além disso, em um anúncio histórico e com apoio da Presidência da COP28, a Science Based Targets Iniciative – SBTi, a Voluntary Carbon Markets Iniciative – VCMI, o Integrity Council for the Voluntary Market – ICVCM, GHG Protocol e a We Mean Business Coalition – WMB informaram que se reunirão para estabelecer um manual de integridade que forneça metodologias, com bases científicas, para a descarbonização de processos produtivos e a utilização de créditos de carbono voluntários para a compensação de emissões residuais de carbono. Recomendamos que assistam o seguinte vídeo, divulgado pelas entidades, explicando a urgência de financiarmos a conservação e restauração florestal.

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Já do lado da oferta de créditos de carbono, presenciamos as maiores certificadoras mundiais, como Verra, American Carbon Registry (ACR), Architecture for REDD+ Transactions (ART), Climate Action Reserve, Global Carbon Council e Gold Standard, anunciarem que se unirão para trabalhar em conjunto para estabelecer princípios comuns relacionados à quantificação, verificação e permanência de reduções e remoções de emissões de carbono em suas respectivas metodologias. A parceria tem como objetivo facilitar que cada uma dessas certificadoras esteja alinhada aos Core Carbon Principles (CCPs), conjunto de parâmetros desenvolvidos para identificar créditos de carbono voluntários de alta integridade. 

 

Além dos avanços a nível nacional e internacional do mercado voluntário de carbono, destacamos os seguintes marcos do mercado em 2023:

 

A Verra, certificadora de todos os projetos da Biofílica Ambipar, publicou uma metodologia consolidada para projetos de conservação florestal de desmatamento não planejado (REDD+ AUD).  A nova metodologia visa harmonizar as linhas de base dos projetos, criando maior segurança da integridade ambiental desses créditos de carbono.

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Após sete anos, a Ecosystem Marketplace atualizou sua análise de como atuam as empresas que compram créditos de carbono vs. as que não fazem uso dessa estratégia. O estudo, feito com mais de 7.000 empresas, identificou que, na média, as empresas que fazem parte do mercado voluntário investem três vezes mais em atividades de redução de emissões do que outras empresas. Ou seja, o estudo combate o desentendimento de que empresas que compram créditos de carbono não tem estratégias amplas de descarbonização.

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Também foi notável o envolvimento das empresas com o mercado voluntário de carbono em 2023, mesmo em um ano desafiador. De acordo com dados da Verra, o volume de créditos de carbono de projetos de conservação florestal (REDD+) aposentados em 2023 superou em 70% o volume aposentado no mesmo período do ano anterior, chegando a 46 milhões de tCO2e. Já as aposentadorias totais na Verra, considerando todos os tipos de projetos, chegaram ao patamar de 104 milhões de toneladas, mesmo volume observado no período equivalente de 2022.

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Internamente, mantivemos o nosso foco em garantir projetos de conservação e restauração florestal de alta qualidade e integridade. Com uma equipe de mais de 70 pessoas de elevado nível técnico, conduzimos 10 auditorias, desenvolvemos 6 novos projetos, consolidamos inteligência em projetos com foco em manejo sustentável do solo na agricultura e pecuária e em Blue Carbon e implementamos novos selos e certificação de co-benefícios. Além disso, inovamos no modelo de financiamento em áreas de restauração ecológica, por meio do investimento de R$ 300 milhões na restauração florestal da Mata Atlântica no âmbito do Projeto ARR Corredores de Vida, em parceria com a Biofarmacêutica Astrazeneca. Por fim, estamos cada vez mais integrados ao Grupo Ambipar aproveitando toda a sinergia e os milhares de clientes no mundo para levar soluções de descarbonização. Não poderíamos estar numa plataforma mais poderosa para atingir nossa missão.

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Todas as nossas conquistas só foram possíveis devido ao apoio e a confiança de nossos clientes e parceiros, que acreditam na necessidade de aumentar significativamente o financiamento para a conservação florestal e o reflorestamento e restauro de áreas degradadas no Brasil. 

 

Em 2024, continue contando com a Biofílica Ambipar para trabalharmos juntos por um futuro mais sustentável.

 

Em nome de toda a equipe, desejo a você um extraordinário e próspero 2024.
Um abraço, 

 


Plínio Ribeiro
Cofundador e CEO da Biofílica Ambipar

COP28: avanços e desafios no combate às mudanças climáticas

 

Entre consensos e discordâncias, o evento aguardado com grande expectativa deixou um saldo positivo, mas adiou decisões importantes.

A recente Conferência das Partes (COP28) realizada em Dubai, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, era aguardada com grande expectativa no cenário internacional. O evento, que reúne os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, teve como objetivo discutir ações cruciais para atingir as metas do Acordo de Paris, um dos mais abrangentes planos globais para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Os debates durante os dias de conferência resultaram em avanços significativos, mas também em pontos em que não foi possível alcançar consenso, adiando decisões importantes para o futuro.

 


Avanços

Inicialmente, destacamos os aspectos positivos.

A preocupação em relação à realização da COP28 em Dubai, um dos principais exportadores de petróleo e gás natural, foi atenuada com o reconhecimento, pela primeira vez na história das COPs, da necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis. A comunidade científica e ambientalistas celebraram o acordo que prevê triplicar a capacidade de energia renovável global e dobrar a taxa de melhorias na eficiência energética até 2030. Além disso, houve reconhecimento da urgência em aumentar o financiamento para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, embora não tenha sido definido um caminho para que os países cheguem a esse objetivo.

No que diz respeito ao Mercado Voluntário de Carbono, observou-se um esforço conjunto das principais entidades e stakeholders para aprimorar a integridade, confiança e escala desse mecanismo de financiamento climático. Clique aqui para acessar o artigo que desenvolvemos especificamente sobre o tema.

 


 

Entraves

Alguns desafios foram evidenciados durante a COP28.

A expectativa de estabelecer as regras operacionais do artigo 6 do Acordo de Paris não foi completamente atendida. Essa seção do acordo trata de mecanismos de cooperação entre os países para a redução das emissões de GEE e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. O não acordo resultou na postergação das definições para a COP29, no Azerbaijão

Outro ponto de preocupação foi o retrocesso em relação à utilização do carvão para a geração de energia elétrica. O texto final foi menos assertivo do que o acordado na COP26 em 2021, mencionando apenas a importância da redução do uso, mas sem estabelecer metas concretas.

 


 

Participação do Brasil

Em relação à participação do Brasil, tínhamos a oportunidade de, após muitos anos como pária ambiental, demonstrarmos nosso comprometimento com o combate às mudanças climáticas. Porém, mesmo com a maior delegação de sua história, ações como a realização de novos leilões de exploração de petróleo e a entrada na OPEP+ foram consideradas inoportunas, comprometendo a imagem do país no combate às mudanças climáticas.

Em síntese, a COP28 foi encerrada com saldo positivo. Apresentou avanços importantes, mas também revelou desafios persistentes. O evento, com sua participação recorde de mais de 90 mil pessoas, demonstrou o comprometimento global na busca por soluções diante da crise climática.

À medida que nos preparamos para a COP30 em Belém do Pará, é crucial refletirmos sobre os obstáculos enfrentados e nos concentrarmos na efetividade das ações futuras, considerando a crescente atenção internacional à preservação da Floresta Amazônica.

 


 

Aprovação do mercado de carbono regulado na Câmara dos Deputados é conquista para toda a sociedade brasileira.

🌳 EM UMA GRANDE CONQUISTA PARA A SOCIEDADE BRASILEIRA, NA NOITE DE ONTEM, A CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVOU O PROJETO DE LEI QUE REGULAMENTA O MERCADO DE CARBONO BRASILEIRO.

 

Em um ano marcado pelo agravamento da crise climática mundial, no qual vivemos temperaturas extremas, secas em locais inéditos e enchentes trágicas, foi histórica a união que presenciamos na Câmara dos Deputados do Brasil com a aprovação do Mercado Regulado de Carbono. O projeto, que é um dos principais pilares do Plano de Transição Ecológica anunciado pelo governo, já suscitava dúvidas sobre sua possibilidade de avanço ainda em 2023, devido à expectativa frustrada de votação antes da COP28. Entretanto, na última sessão legislativa do ano, o PL 2.148/2015 foi pautado no Plenário da Câmara, obtendo 299 votos favoráveis dos 404 parlamentares presentes, ou seja, 73,76% dos nossos deputados votaram a favor desse importante mecanismo de incentivo à descarbonização.

Desde a sanção da Política Nacional de Mudanças Climáticas, em 2009, há a previsão legal no Brasil de criação de um mercado regulado de carbono. São longos 14 anos de espera, um período no qual perdemos grandes oportunidades de nos posicionarmos na vanguarda mundial como um país líder na criação de soluções inovadoras que impulsionam o crescimento econômico de maneira sustentável. Não custa lembrar que, em 2009, o ETS Europeu, primeiro mercado regulado do gênero no mundo, tinha apenas 3 anos de idade e ainda engatinhava. Hoje movimenta mais de 751 bilhões de Euros em comércio, gerando uma arrecadação de € 38 bilhões anuais para os países do bloco.

 

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Mas por que possuir um mercado regulado de carbono nacional é tão importante?

 

Primeiramente, é sempre importante ressaltar a diferença entre o Mercado Regulado e o Mercado Voluntário de Carbono. No Mercado Regulado, o Estado institui um limite de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no âmbito do setor produtivo, possibilitando a eventual comercialização de déficits e superávits de emissões entre si. Já o Mercado voluntário é caracterizado por um ambiente no qual pessoas, empresas e organizações neutralizam suas emissões de GEE por meio de créditos de carbono.

Segundo a regulação proposta, empresas que emitem mais de 10 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente – CO2E1 por ano serão instadas a estabelecer um plano de monitoramento de suas emissões, desenvolvendo um relato periódico, enquanto empresas acima de 25 mil toneladas de CO2E por ano precisarão, além do relato e monitoramento, conciliar suas emissões por meio de licenças de emissões distribuídas gratuitamente ou onerosamente pelo governo. Calcula-se que há cerca de 5 mil empresas no Brasil que emitem mais de 25 mil toneladas de CO2E. Assim, o Mercado Regulado brasileiro, quando implantado, será o maior mercado de carbono da América Latina.

Em segundo lugar, ao criarmos um sistema de comércio de licenças de emissões, no qual se possibilita a transação de cotas de emissões entre empresas que ultrapassaram seus respectivos limites de GEE com empresas que conseguiram descarbonizar seus processos produtivos, possibilitamos que a precificação do carbono fomente a competitividade da indústria brasileira e sua inovação.

Como no Brasil mais de 50% das emissões de gases de efeito estufa são resultado do desmatamento, da degradação florestal e da mudança do uso do solo, a proposta de lei está sendo feliz em instituir a interoperabilidade entre os mercados voluntário e regulado, por meio da possibilidade de que empresas compensem parte de suas emissões por meio da aquisição de Certificados de Redução ou Remoção Verificada de Emissões – CRVE, que serão créditos de carbono voluntários convertidos para a comercialização no mercado regulado, após a definição, pelo Estado brasileiro, de quais certificadoras e metodologias atualmente disponíveis serão passíveis de aceitação nesse novo mercado.

 

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Falando ainda dos avanços ao mercado voluntário de carbono brasileiro, também é importante reconhecermos que a proposição aprovada pela Câmara dos Deputados estabelece importantes marcos como:

 

  • Garantia da segurança jurídica em pontos como a titularidade dos créditos, no qual foi definido que, enquanto permanecem as atuais definições para o crédito de carbono voluntário, quando um crédito de carbono se transforma em CRVE, será interpretado como “ativo mobiliário”;
  • Livre iniciativa (inclusive estatal) no desenvolvimento de projetos de geração voluntária de créditos de carbono;
  • Regras que impeçam a dupla contagem de créditos e aumentem a integridade socioambiental dos projetos;
  • Atualização da legislação tributária e de natureza jurídica de créditos voluntários;
  • Liberdade para que os estados implementem seus próprios programas jurisdicionais (de responsabilidade do poder público) de geração de carbono, ao mesmo tempo em que também há a garantia da possibilidade de que imóveis privados exerçam seu direito de propriedade ao pedir a exclusão de suas respectivas áreas de tais programas;
  • Inclusão da possibilidade de que projetos de destinação ambientalmente adequada de resíduos e reciclagem possam gerar créditos de carbono;
  • Garantia da participação das comunidades tradicionais e povos indígenas na repartição dos benefícios sociais e monetários obtidos com projetos em suas áreas. Iniciativas de ARR destinarão, no mínimo, 40% dos créditos de carbono gerados para as comunidades, enquanto projetos de REDD+ destinarão 60% desses créditos; e
  • Garantia de que assentados em projetos de reforma agrária tenham os mesmos direitos e deveres que povos indígenas e comunidades tradicionais.

 

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Já em relação a novos tópicos do mercado regulado inseridos:

 

  • Destinação de 85% dos recursos arrecadados pelo mercado regulado para o financiamento de atividades de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico com a finalidade de promover a descarbonização das atividades produtivas;
  • Entrada de veículos automotores como fonte de emissão regulada;
  • Unidades de tratamento e destinação final ambientalmente adequada de resíduos serão consideradas a partir do seu potencial transversal de mitigação de emissões de gases de efeito estufa, não estando sujeitas aos limites de emissão de que trata a lei quando comprovadamente adotarem sistemas e tecnologias para neutralizar tais emissões; e
  • Duplo grau recursal para eventual aplicação de multas por não cumprimento da conciliação de emissões.

 

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Ressaltamos que ainda há diversos passos necessários à implementação do mercado regulado brasileiro. A principal sem dúvida será o estabelecimento das curvas de redução setoriais, etapa onde o lobby dos grandes poluidores vai se fazer mais presente. A proposição passará agora para a avaliação do Senado Federal, onde espera-se um aperfeiçoamento ainda maior de alguns dispositivos. Após a sanção, ainda haverá um período de pelo menos cinco anos para que toda a sociedade se adapte da melhor forma possível à legislação.

A Biofílica Ambipar continuará prestando o trabalho de interesse público de compartilhamento de nossa expertise técnica com o parlamento, o governo federal, os estados, a sociedade civil e, principalmente, nossos clientes engajados na descarbonização seus negócios.

 

 

 

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[1] O dióxido de carbono equivalente é uma medida métrica utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa baseado no potencial de aquecimento global em relação ao dióxido de carbono (CO2). Por exemplo, o potencial de aquecimento global do gás metano é 21 vezes maior do que o potencial do gás carbônico (CO2). Então, dizemos que o CO2 equivalente do metano é igual a 21.

COP28 e o Mercado Voluntário de Carbono

 

Na COP28 em Dubai, as principais entidades e stakeholders do mercado voluntário de Carbono (VCM) têm unido esforços em torno do aprimoramento da integridade, confiança e escala, refletindo numa perspectiva muito positiva em relação ao futuro desse mecanismo de financiamento climático.

Do lado da oferta, vemos a cooperação de diversos standards com o objetivo de trabalhar em conjunto para que suas metodologias sejam aderentes aos Core Carbon Principles (CCPs), conjunto de parâmetros definidos pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market – ICVCM para a qualificação de créditos de carbono como de alta qualidade e integridade.

Já em relação às entidades que representam os interesses ligados à demanda por créditos de carbono, vemos pela primeira vez uma integração ponta-a-ponta no processo de descarbonização com a união do Science Based Targets Iniciative – SBTi, a Voluntary Carbon Markets Iniciative – VCMI, GHG Protocol e We Mean Business Coalition com vistas a cooperar em prol da criação de uma metodologia, com base na ciência, que auxilie as empresas a descarbonizarem seus processos produtivos e utilizarem créditos de carbono na compensação de emissões residuais.

A urgência da ação climática é evidente e o VCM é uma das ferramentas com melhor custo-efetividade para acelerar a descarbonização mundial. Abaixo um apanhado os principais anúncios realizados nessa COP:

 

Organizações se unem em prol dos créditos de carbono voluntários como ferramenta de ação climática

Em um anúncio histórico e com apoio da Presidência da COP28, a Science Based Targets Iniciative – SBTi, a Voluntary Carbon Markets Iniciative – VCMI, o Integrity Council for the Voluntary Market – ICVCM, GHG Protocol e a We Mean Business Coalition – WMB informaram que se reunirão para estabelecer um manual de integridade que forneça metodologias, com bases científicas, para a descarbonização de processos produtivos e a utilização de créditos de carbono voluntários para a compensação de emissões residuais de carbono.

 

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Maiores certificadoras mundiais anunciam coalizão para aprimoramento do Mercado Voluntário

Verra, American Carbon Registry – ACR, Architecture for REDD+ Transactions – ART, Climate Action Reserve, Global Carbon Council e Gold Standard anunciaram que trabalharão em conjunto para a criação de princípios comuns relacionados à quantificação, verificação e permanência de reduções e remoções de emissões de carbono em suas respectivas metodologias. A parceria tem como objetivo facilitar que as metodologias de cada uma dessas certificadoras sejam aderentes ao Core Carbon Principles – CCPs, conjunto de parâmetros desenvolvidas pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market – ICVMC, para identificar créditos de carbono voluntários de alta integridade.

 

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CFTC publica manual de comércio de contratos derivativos de créditos voluntários

A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), agência do governo dos Estados Unidos que regula os mercados de futuros e de opções, colocou em consulta pública a proposta de orientação para a negociação de contratos derivativos de crédito de carbono voluntário. A ação visa somar os esforços para o estabelecimento de uma padronização desses ativos, promovendo integridade, transparência e liquidez. O período de comentários estará aberto até o dia 16/02/2024.

 

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Presidente da União Europeia se pronuncia sobre a importância dos mercados de carbono

A presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, se pronunciou sobre a urgência do desenvolvimento de novos mercados de carbono aderentes ao Acordo de Paris, com o objetivo de combater as mudanças climáticas. Em sua fala, ressaltou a necessidade de que o mundo avance em três objetivos: auxiliar cada vez mais países a criarem seus próprios mercados regulados de carbono e que esses mercados realmente possuam ambição fomentar a redução de emissões e. além disso, a importância no fomento para que o capital privado financie o mercado voluntário de carbono, com vistas a possibilitar a continuidade de projetos que protejam a biodiversidade.

 

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Banco Mundial anuncia plano para impulsionar mercado de créditos de carbono

O Banco Mundial oficializou a criação do Forest Carbon Partnership Facility – FCPF, plano que visa auxiliar 15 países em desenvolvimento da África, America Latina e Sudeste Asiático a protegerem suas florestas, via a geração divisas por meio de créditos de carbono. O Banco, além do investimento necessário, também será responsável por atestar a integridade ambiental e social dos créditos de carbono gerados.

 

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Grupo mundial de reguladores de valores mobiliários lançam iniciativa para integridade do Mercado Voluntário

A Organização Internacional das Comissões de Valores – Iosco, colocou em consulta pública a proposta de um manual de boas práticas para promover a integridade do Mercado de Carbono Voluntário. O documento, que é voltado aos reguladores estatais e participantes do mercado, busca oferecer apoio legal a jurisdições que estabeleceram ou possam estar tentando estabelecer regulações nacionais para seus respectivos mercados voluntários de carbono.

 

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BNDES anuncia programa Arco de Restauração para restauração da Amazônia

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o programa Arco da Restauração, que visa investir mais de R$ 1 bilhão para o restauro e reflorestamento de 60 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica até 2030.

 

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Secretário Executivo da UNFCCC se pronuncia sobre mercados voluntários de carbono

Durante a mesa redonda de mercados voluntários de carbono da COP 28, o Secretário Executivo da UNFCCC, Simon Stiell afirmou que urge a necessidade de que os países acelerem os esforços no sentido de combaterem as mudanças climáticas e descarbonizarem suas economias. Nesse sentido, mercados de carbono são uma das ferramentas viáveis e que podem ser implementadas desde já e em escala. Para isso, é necessário fortalecer a credibilidade, integridade e transparência dos créditos voluntários.

 

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Climate Impact X lança novo contrato de créditos de carbono de alta qualidade

A Climate Impact X, plataforma global de comércio de crédito de carbono sediada em Singapura, anunciou que lançará um novo padrão de transação de contratos de créditos de carbono que sigam a metodologia do Core Carbon Principles (CCPs), desenvolvida pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market – ICVCM. A previsão é que o primeiro contrato do tipo seja comercializado ainda em 2024.

 

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EUA e parceiros lançam programa para acelerar a Transição Energética

O Departamento de Estado dos EUA, o Bezos Earth Fund e a The Rockefeller Foundation revelaram os primeiros detalhes do Acelerador de Transição Energética – ETA, apresentado inicialmente pelo enviado climático dos EUA, John Kerry, na COP do ano passado. O ETA será lançado formalmente no início do próximo ano e permitirá que compradores do setor privado e governamental adquiram créditos de carbono gerados por meio de estratégias de transição energética. O ETA estabelecerá critérios de elegibilidade claros para compradores e vendedores, exigindo compromissos de descarbonização dos compradores com metas alinhadas ao SBTi, relatórios públicos de inventário de emissões e uso transparente dos créditos de carbono provenientes do programa.

 

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UNDP lança iniciativa para apoiar o acesso de países em desenvolvimento aos mercados de carbono

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP) lançou uma iniciativa voltada a fomentar o acesso de países em desenvolvimento aos mercados voluntário e regulado de carbono, mitigar impactos sociais e promover a integridade desses processos.

 

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Coalizão de países europeus lançam proposta para compliance das afirmações climáticas empresariais

Holanda, Alemanha, França, Espanha, Finlândia, Bélgica e Áustria lançaram proposta de recomendações visando prevenir alegações de greenwashing contra empresas. Dentre as propostas, há o reconhecimento do uso de créditos de carbono para a ação climática das companhias.

 

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Instituto Global para Estratégias Ambientais lança iniciativa para escalar o mercado privado dentro do artigo 6

O Instituto Global para Estratégias Ambientais (IGES em inglês), por meio da Parceria para Implementação do Artigo 6 do Acordo de Paris, divulgou que fará parceria com a Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA), visando estimular a ampliação dos mecanismos privados de mercado no âmbito do artigo 6 do Acordo de Paris.

 

Café com consciência ambiental: EISA neutraliza emissões de mais uma safra com créditos de carbono da Biofílica Ambipar.

Com foco em atingir carbono zero em 2050, pelo segundo período consecutivo a EISA-Café compra créditos de carbono da Biofílica Ambipar para compensação de emissões provenientes de toda a operação da safra de café 2021/2022.

 

Cumprindo ações para atingir suas metas agressivas de redução de emissões de carbono, a EISA-Café realizou a compensação de emissões das suas operações da safra 21/22 via compra de créditos de carbono da Biofílica Ambipar. Ao total, foram 458 toneladas compensadas por meio de créditos provenientes do Projeto REDD+ Jari Amapá.

O cálculo das emissões de carbono foi aplicado em toda a operação de café verde (Escopos 1 e 2) da safra 21/22, englobando todos os participantes da operação.
As metas ousadas para redução de emissões da EISA fazem parte do plano da empresa, em que o foco é atingir carbono zero até 2050, alinhado com o compromisso net zero estabelecido pelo Grupo ECOM Agroindustrial Corp Ltd.

Para atingir o objetivo, a EISA se comprometeu a reduzir pelo menos 20% de suas emissões até 2025, a partir da adoção de energias renováveis em suas operações. Atualmente, a empresa usa 23% da necessidade energética de suas operações com energia solar, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis e com a implementação de novas tecnologias.

Parabenizamos a EISA-Café pelo compromisso ambiental e por adequar continuamente sua operação com pegadas sustentáveis da produção de café no Brasil. Vamos juntos avançar nessa caminhada rumo a um futuro zero em carbono.

 

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Histórico

No primeiro semestre de 2021, a EISA deu início à primeira neutralização de carbono com ações de compensações de emissões de contêineres de café de dois de seus clientes. Foram 67 tCO2e compensados relativos a emissões para produção e distribuição de um contêiner de café verde da EISA – Empresa Interagrícola S.A., empresa do Grupo ECOM Agroindustrial Corp Ltd, um dos líderes globais no comércio das commodities de café, cacau e algodão e gestão de cadeias de suprimentos sustentáveis.

A ação foi a primeira etapa do compromisso assumido pela empresa no Dia Mundial do Meio Ambiente, de zerar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sua cadeia de valor até 2050.

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O Projeto REDD+ Jari Amapá

O mecanismo REDD+ (Redução das Emissões provenientes de Desmatamento e da Degradação florestal, incluindo (+) a conservação dos estoques de carbono florestal, o manejo sustentável de florestas e o aumento dos estoques de carbono florestal) promove a redução de emissões de carbono a partir de atividades de conservação florestal. Baseado em um modelo de desenvolvimento econômico local que valoriza a “floresta em pé”, os projetos REDD+ contam com uma combinação de atividades desde o manejo sustentável e a promoção do agroextrativismo até o monitoramento de biodiversidade, todos financiados a partir da comercialização de créditos de carbono.

O Projeto REDD+ Jari Amapá atua na conservação da Floresta Amazônica e sua biodiversidade, contribuindo diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas. Atualmente, as atividades desenvolvidas pelo Projeto REDD+ Jari Amapá, em conjunto com o Grupo Jari, atendem 7 comunidades onde vivem mais de 33 famílias e têm o potencial de evitar a emissão de 115 mil toneladas de CO2 por ano ao poupar o desmatamento de 66 mil hectares.

 

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Sobre a Biofílica Ambipar
Fundada em 2008, a Biofílica Ambipar Environment tem como propósito ser a melhor empresa mundial de Soluções Baseadas na Natureza (NBS – Nature-based Solutions), gerando valor para o mercado de ativos ambientais, combatendo as mudanças climáticas, protegendo a biodiversidade e promovendo o bem-estar e desenvolvimento social.

Desenvolvemos projetos que promovem a redução de emissões por meio da conservação florestal e o sequestro de emissões por meio do reflorestamento.
Acreditamos nas Soluções Baseadas na Natureza como mecanismos fundamentais para que a humanidade possa atingir as metas do Acordo de Paris e superar a crise climática. Até 2030, algo entre 35% a 50%* das reduções de emissões deverão vir única e exclusivamente das Soluções Baseadas na Natureza.

 

Sobre o Grupo ECOM Agroindustrial Corp Ltd

Com mais de 170 anos de experiência, ECOM Agroindustrial Corp. Ltd é líder global no comércio de commodities e gestão de cadeias de suprimentos sustentáveis. Como uma empresa de origem integrada, que opera em mais de 40 principais países produtores em todo o mundo, o grupo concentra-se principalmente no café, algodão e cacau, mas também participa de outros mercados de produtos agrícolas selecionados. Ocupa posições de destaque nos mercados nos quais atua: é uma das duas principais comerciantes de café; conta com o maior moinho de café; está entre as quatro grandes do ramo de cacau e entre as cinco internacionais de algodão. Tudo isso o coloca como participante de primeira linha em cada um de seus negócios e comprometido com a liderança sustentável e socialmente responsável na indústria de commodities leves.

 

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Ambipar e IPÊ anunciam investimento de mais de R$ 350 milhões no 🌱Projeto ARR Corredores de Vida

Iniciativa prevê o plantio de 12 milhões de árvores no Estado de São Paulo, equivalente a 38 Parques do Ibirapuera, e a criação de 400 postos de trabalho

 

São Paulo, 6 de julho de 2023 – A AstraZeneca, biofarmacêutica global, anuncia o investimento de mais de R$ 300 milhões na restauração florestal da Mata Atlântica por meio do Projeto ARR Corredores de Vida. A parceria entre a farmacêutica, Biofílica Ambipar e o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas prevê o plantio de 12 milhões de árvores, em mais de 6 mil hectares, equivalente a 38 Parques do Ibirapuera ou 6 mil campos de futebol, e a geração de 400 empregos, além de proporcionar um habitat seguro para espécies ameaçadas de extinção.

O projeto visa criar corredores ecológicos por meio da restauração da vegetação nativa da Mata Atlântica e promover a conectividade entre os fragmentos florestais remanescentes localizados na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo. O reflorestamento será focado em áreas privadas, com a possibilidade de realização futura em áreas públicas.

O anúncio oficial da parceria entre AstraZeneca, Biofílica Ambipar e IPÊ no Projeto ARR Corredores de Vida aconteceu ontem, às 18 horas, no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, na capital paulista. Estiveram presentes o Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, além de executivos da farmacêutica: Leon Wang (vice-presidente da região Internacional da AstraZeneca); Carlos Sánchez (vice-presidente, AstraZeneca América Latina); Olavo Côrrea (diretor-geral, AstraZeneca Brasil) e Jorge Mazzei (diretor-executivo de relações corporativas, diagnóstico e regulatório, AstraZeneca Brasil). Plínio Ribeiro, fundador da Biofílica Ambipar, e Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, também participaram da cerimônia.

A iniciativa local é parte do projeto global AZ Forest, que tem como objetivo plantar mais de 200 milhões de árvores em todo o mundo até o final de 2030 e visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta.

Os esforços globais de sustentabilidade da AstraZeneca no pilar de Proteção Ambiental incluem, além de sustentabilidade nos produtos e preservação de recursos, a ambição de carbono zero. A estratégia de sustentabilidade da companhia está focada em fornecer descarbonização profunda de acordo com a meta do Acordo de Paris, limitando o aquecimento planetário a 1,5°C1.

 

“O investimento da AstraZeneca no ARR Corredores de Vida visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta, que ao nosso ver estão intrinsicamente ligadas. Mais do que Corredores de Vida, estamos contribuindo para Corredores da Saúde”, diz Olavo Côrrea (diretor-geral, AstraZeneca Brasil).

“Sabemos da relação entre aumento do desmatamento e maior probabilidade de novas pandemias – proteger as florestas é extremamente positivo para a saúde de pessoas e comunidades”, completa Côrrea.

 

O projeto de restauração no Pontal do Paranapanema existe há mais de 20 anos, mas é um processo caro e que depende de investimento contínuo para ser viabilizado e, principalmente, ganhar escala.”, diz Plínio Ribeiro, CEO da Biofílica Ambipar. “O financiamento via mercado de carbono é hoje a melhor alternativa, pois permite que grandes companhias como a Astrazeneca possam contribuir nesse processo. O investimento será revertido no plantio de 6 mil hectares de floresta na Mata Atlântica até 2025.”

“Sustentado pelo tripé CCB (Clima, Biodiversidade e Comunidade) nosso projeto vai além do impacto ambiental e prevê a geração de aproximadamente 380 empregos indiretos, distribuídos entre empresas da região para realização de operações como preparo de solo, plantio, controle de plantas invasoras e formigas, e 20 empregos diretos com foco na gestão. Estas contratações são fundamentais para o desenvolvimento das comunidades e assentamentos da região.” complementa Ribeiro.

 

“O IPÊ já tem mais de 30 anos de atuação no Pontal do Paranapanema e começamos a implantação de corredores como uma estratégia de conservação da paisagem e de espécies ameaçadas como o mico-leão-preto. Ao longo do processo, vários parceiros foram se reunindo conosco para alavancar essa restauração florestal da Mata Atlântica, inclusive o setor privado. A nova parceria vai contribuir ainda mais com esse projeto e para a conexão da paisagem, em um bioma que é um dos mais desmatados no Brasil”, destaca Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.

 

Veja a matéria do SPTV sobre o anúncio da Parceria.

 

 



AstraZeneca

A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo. Para mais informações, visite: www.astrazeneca.com.br e siga a empresa no Instagram @astrazenecabr.

 

Sobre a Biofílica Ambipar
Fundada em 2008, a Biofílica Ambipar Environment tem como propósito ser a melhor empresa mundial de Soluções Baseadas na Natureza (NBS – Nature-based Solutions), gerando valor para o mercado de ativos ambientais, combatendo as mudanças climáticas, protegendo a biodiversidade e promovendo o bem-estar e desenvolvimento social.

 

Desenvolvemos projetos que promovem a redução de emissões por meio da conservação florestal e o sequestro de emissões por meio do reflorestamento.

 

Acreditamos nas Soluções Baseadas na Natureza como mecanismos fundamentais para que a humanidade possa atingir as metas do Acordo de Paris e superar a crise climática. Até 2030, algo entre 35% a 50%* das reduções de emissões deverão vir única e exclusivamente das Soluções Baseadas na Natureza.

 

Sobre o IPÊ

Presente nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal e Cerrado, o Instituto realiza cerca de 30 projetos ao ano, aplicando o Modelo IPÊ de Conservação, que envolve pesquisa científica de espécies, educação ambiental, envolvimento e mobilização comunitária, conservação de habitats e da paisagem e apoio à construção de políticas públicas. Além de projetos locais, o Instituto também implementa trabalhos em diversas regiões, seguindo os temas Áreas Protegidas, Áreas Urbanas e Pesquisa & Desenvolvimento (Capital Natural e Biodiversidade).

 

O IPÊ é responsável pelo plantio de 6 milhões de árvores na Mata Atlântica, contribui diretamente para a conservação de seis espécies de fauna, realiza educação ambiental e capacitação para 12 mil pessoas por ano, em média. Os projetos beneficiam 200 famílias com ações sustentáveis e conhecimento sobre conservação ambiental.

Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, a organização conta com parceiros de todos os setores e trabalha como articulador em frentes que promovem o engajamento e o fortalecimento mútuo entre organizações socioambientais, iniciativa privada e instituições governamentais. www.ipe.org.br @institutoipe

 


 

[1]   United Nations Treaty Collection. Paris Agreement. 2015. Available at:  https://unfccc.int/sites/default/files/english_paris_agreement.pdf. [Last accessed: June 2023].

 

 

 

Conheça o Projeto ARR Corredores de Vida e suas atividades.

 

Team Biofílica Ambipar’s events calendar

Check out the schedule of national and international events with the participation of the Biofílica Ambipar team in the first quarter.

 

 

The year of decarbonization has begun, and as of March, the Biofílica Ambipar team will be present at the most important market events, presenting our carbon projects and contributing with our expertise.

 

Check out the events we will be participating in:

 

The largest Renewable Energy Certificates event in the country will be sponsored by our partner GoNetZero, a decarbonization solutions platform, where you can find carbon credits from our REDD+ RESEX Jacundá Project.

 

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IETA (International Emissions Trading Association) is an association of organizations that seek to develop the carbon market. Biofílica Ambipar is the first Brazilian company member of the association. The objective of the webinar is to gather and share perspectives of the Latin American market.

 

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This traditional event of the American carbon market, in its 20th edition, gathers professionals from all over the world to exchange experiences, collaborate, and network.

 

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Organized by Environmental Finance, one of the most important media outlets focusing on environmental asset markets, Natural Capital Investment 2023 will discuss the challenges and opportunities of the carbon market, taking into account its importance and complexity.

 

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ECS 2023 will bring together leading public and private sector experts from around the world to analyze and discuss the current development and challenge of the carbon market to advance actions to contain the advance of climate change through net zero policies.

We, who have always actively participated in the debates involving the voluntary carbon market, are certain that the participation in these and future events will enrich our experience and trajectory in an enriching exchange with other organizations concerned with the planet’s sustainable development.

 

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Agenda de eventos do time Biofílica Ambipar

Confira a agenda de eventos nacionais e internacionais com a participação do time Biofílica Ambipar no primeiro trimestre.

 

 

O ano da descarbonização começou, e a partir em março, a equipe Biofílica Ambipar estará presente nos eventos mais importantes do mercado, apresentando nossos projetos de carbono e contribuindo com a nossa expertise. 

 

Confira os eventos que participaremos: 

 

O maior evento de Certificados de Energia Renovável do país terá como patrocinadora a nossa parceira GoNetZero, plataforma de soluções para descarbonização, onde é possível encontrar créditos de carbono provenientes do nosso Projeto REDD+ RESEX Jacundá.

 

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A IETA (International Emissions Trading Association) é uma associação de organizações que buscam desenvolver o mercado íntegro de carbono. A Biofílica Ambipar é a primeira empresa brasileira membro da associação. O objetivo do webinar é reunir e compartilhar perspectivas do mercado da América Latina.

 

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Esse tradicional evento do mercado de carbono americano, em sua 20ª edição, reúne profissionais de todo o mundo para trocar experiências, colaborar e ampliar o network.

 

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Organizado pela Environmental Finance, um dos mais importantes veículos de comunicação com ênfase em mercados de ativos ambientais, o Natural Capital Investment 2023, discutirá os desafios e oportunidades do mercado de carbono, levando em consideração sua importância e complexidade.

 

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O ECS 2023 reunirá os principais especialistas do setor público e privado de todo o mundo para analisar e discutir o desenvolvimento e desafio atuais do mercado de carbono para avançar nas ações para conter o avanço das mudanças climáticas por meio das políticas net zero.

 

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Nós, que sempre participamos ativamente dos debates que envolvem o mercado voluntário de carbono, estamos certos que a participação nesses e em próximos eventos enriquecerá nossa experiência e trajetória em uma troca enriquecedora com outras organizações preocupadas com o desenvolvimento sustentável do planeta.