O Manejo Florestal na Amazônia e os Projetos de Carbono – aliados na conservação florestal.

por Caio Gallego, Gerente de Inteligência NBS na Biofílica Ambipar


 

O manejo florestal na Amazônia desempenha um papel crucial na conservação ambiental e no combate às mudanças climáticas, especialmente em face do crescimento das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) decorrentes da conversão de florestas tropicais. O Manejo Florestal Sustentável (MFS) representa uma evolução da prática predatória do passado para uma abordagem mais responsável e sustentável, permitindo a extração seletiva e de baixo impacto de madeira, promovendo a regeneração da floresta e a preservação da biodiversidade.

 

Floresta conservada pertencente a área do Projeto REDD+ Manoa, referência mundial em manejo florestal sustentável.

Floresta conservada pertencente a área do Projeto REDD+ Manoa, referência mundial em manejo florestal sustentável

 

Existe uma correlação positiva entre o MFS e o Mercado Voluntário de Carbono (VCM), uma vez que o primeiro se trata de uma atividade de gestão florestal de baixo impacto, e o segundo visa financiar atividades que promovam, por meio de suas práticas, a redução ou remoção de emissões de GEE. Podemos considerar diferentes aspectos nessa relação, como:

  • Governança territorial
  • Escala
  • Tempo
  • Retorno financeiro e
  • Pesquisa científica

Por este motivo, entende-se que a associação do MFS a projetos de carbono é um passo inicial para promover a gestão territorial, assegurar a estabilidade financeira e a visão de longo prazo necessárias para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Discorreremos a seguir nas razões para esta afirmação.

 



Práticas Complementares

Atualmente, as atividades de conversão de florestas tropicais em usos agropecuários representam uma parcela significativa das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) no Brasil1. Portanto, as práticas de gestão, manejo e conservação florestal desempenham um papel fundamental na mitigação de impactos socioambientais e no cumprimento das metas brasileiras em acordos internacionais.

Diante disso, surge uma pergunta: “Como a atividade de exploração florestal pode ser considerada aliada nas estratégias de conservação florestal e combate às mudanças climáticas, sendo que é uma das principais responsáveis pela degradação e pelas emissões de GEE?”. É por meio deste Posicionamento Técnico que pretendemos abordar essa questão e iniciar uma série de posicionamentos que publicaremos neste ano. Através desta iniciativa, buscamos aproximar a sociedade dos desafios, dilemas e oportunidades com os quais o desenvolvedor de projetos de carbono lida diariamente.

Neste texto será dada ênfase ao Manejo Florestal Madeireiro, que consiste na extração seletiva de espécies arbóreas nativas para beneficiamento em diferentes produtos madeireiros. Embora existam diversas abordagens de manejo florestal, como a extração de produtos não madeireiros, manejo de fauna, ecoturismo, entre outras, o Manejo Florestal Madeireiro é ainda a atividade mais relevante na Amazônia em termos econômicos2, de escala e de conhecimento técnico-científico.

A prática de manejo madeireiro não surgiu da forma como conhecemos hoje. No início do século XX, era caracterizada por uma exploração predatória dos recursos florestais, mas ao longo das últimas décadas, evoluiu para uma prática mais sustentável e responsável.

Esse desenvolvimento foi impulsionado no início na década de 1990, especialmente devido à Conferência das Nações Unidas de 1992 no Rio de Janeiro, a Eco-92, onde foram estabelecidos diversos compromissos relacionados à gestão de florestas, que resultaram na formulação de novas leis e políticas nacionais. Nos anos seguintes, surgiram então as primeiras certificações – com destaque para o FSC (Forest Stewardship Council) – e, com a melhoria das técnicas de redução de impactos e um maior olhar para aspectos sociais e de biodiversidade, a prática passou a ser chamada de Manejo Florestal de Impacto Reduzido, ou Manejo Florestal Sustentável (MFS).

Hoje, o MFS é uma prática que visa a extração seletiva de madeira, utilizando técnicas de baixo impacto que possibilitam a regeneração da floresta e a preservação da biodiversidade. Para quem tiver curiosidade em entender o MFS em mais detalhes, listamos algumas sugestões de leitura ao final deste texto.

Em paralelo ao processo de desenvolvimento do Manejo Florestal Madeireiro se desenvolvia também o Mercado Voluntário de Carbono (VCM, sigla em inglês). Após a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, em 2005, a tese do VCM ganhou mais força devido aos incentivos à geração de créditos de carbono por países em desenvolvimento, abrindo caminho para o surgimento de diversos padrões de certificação não vinculados ao Protocolo, como o Verified Carbon Standard (VCS) e o Gold Standard.

 


 

Não pretendo discorrer aqui sobre os detalhes da concepção e estrutura atual do VCM. Neste sentido, para os interessados no tema, listo leituras recomendadas ao final. Vale ressaltar que o VCM cresceu significativamente nos últimos anos, atingindo a marca de US$ 2 Bilhões em transações anuais em 20223 e estima-se que possa ultrapassar os US$ 50 Bilhões na próxima década4.

Neste contexto, o setor florestal desempenha um importante papel, especialmente para a modalidade de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que representa hoje cerca de 32% deste mercado em valor5 . O REDD+ é um mecanismo aplicado por governos ou organizações que visa remunerar resultados obtidos através do aprimoramento da gestão de florestas de modo a evitar o desmatamento e a degradação florestal, assegurando a manutenção dos estoques de carbono e da biodiversidade.

Mas qual a relação entre o VCM e o Manejo Florestal Madeireiro? Esta relação pode ser abordada de duas perspectivas opostas. Por um lado, a extração madeireira predatória pode ameaçar a conservação das florestas e reduzir a eficácia das estratégias de REDD+. Por outro lado, o Manejo Florestal de Impacto Reduzido, especialmente as operações certificadas, pode ser um aliado da conservação e essencial para as estratégias de REDD+.

 


 

Principais fatores que demonstram a correlação positiva entre o Manejo Florestal Sustentável e os Projetos de Carbono

Treinamento para o time do ICMBio sobre as boas práticas para manejo de baixo impacto no Projeto REDD+ Manoa

Treinamento para o time do ICMBio sobre as boas práticas para manejo de baixo impacto no Projeto REDD+ Manoa

Governança do Território:

Como diz um provérbio popular, “O que não se usa, se perde”. Um dos principais fatores que resultam na invasão de terras e desmatamento na Amazônia é a falta de governança territorial. A implementação e o fortalecimento de gestão territorial é uma estratégia fundamental para os Projetos REDD+, por meio da presença física, com o monitoramento ambiental, patrulhamento e operações de campo. Neste aspecto, a presença do MSF cumpre um papel fundamental, por meio de suas operações anuais de grande escala. Tanto o projeto REDD+ como o MFS asseguram a manutenção dos ativos principais do negócio: a madeira e o carbono. Além disso, implementam uma gestão de partes interessadas, proporcionando a geração de impactos positivos e reduzindo o risco de conflitos sociais.

 

Escala e Tempo:

Os desafios ambientais que enfrentamos atualmente exigem soluções em grande escala e que se perpetuem no longo prazo. Esses também são princípios fundamentais tanto do mercado de carbono quanto do MFS. Em outras palavras, para gerar impactos climáticos positivos consistentes, as iniciativas do mercado de carbono precisam ser viáveis em grande escala e os seus benefícios devem ser permanentes. Os projetos REDD+, por exemplo, devem ter duração mínima de 40 anos. O MFS é estruturado de forma semelhante, com ciclos de pelo menos 25 anos para cada Unidade de Produção Anual (UPA), permitindo a recuperação natural dos impactos na área explorada antes que a operação retorne para a mesma área. Essa dinâmica requer a estruturação de uma operação de longo prazo em grandes territórios. Deste modo, nada mais lógico que conciliar as duas operações, reduzindo riscos e facilitando o ganho de escala do negócio.

 

Operação de manejo florestal sustentável - Projeto REDD+ Jutaituba

Operação de manejo florestal sustentável no Projeto REDD+ Jutaituba

Retorno Financeiro:

A floresta em pé no Brasil vale menos que a floresta derrubada, essa é uma máxima repetida há décadas. A retirada da floresta gera renda imediata através da venda da madeira e da rápida implementação de pecuária extensiva, somada à imediata valorização da terra, que se torna então “produtiva”. No Brasil, ainda faltam incentivos econômicos relevantes alinhados à conservação florestal que possam inverter essa lógica. Estes não devem se limitar apenas a políticas públicas de incentivo, como os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), mas também à utilização de mecanismos de mercado, como o crédito de carbono, e à exploração sustentável de recursos naturais como madeira, resinas, medicamentos, turismo, entre outros. A soma de atividades econômicas baseadas na natureza, também chamada de Bioeconomia, tende a aumentar os incentivos financeiros e equilibrar a relação custo-oportunidade em comparação com outras atividades convencionais, como a pecuária extensiva e a agricultura. Ou seja, o crescimento e a diversificação na geração de receita proveniente da exploração sustentável dos recursos naturais refletem diretamente nos incentivos para a manutenção destes recursos e, consequentemente, levarão à redução do desmatamento, objetivo principal do mecanismo REDD+.

Demonstração de boas práticas de manejo com impacto reduzido à floresta e redução de riscos aos colaboradores na área do Projeto REDD+ Manoa

Demonstração de boas práticas de manejo com impacto reduzido à floresta e redução de riscos aos colaboradores na área do Projeto REDD+ Manoa

Pesquisa Científica & Inovação:

Muitos consideram que a Amazônia é um laboratório a céu aberto, repleto de riquezas ainda não exploradas e com enorme potencial para oferecer soluções aos desafios da humanidade no século XXI. Infelizmente, a exploração dos recursos naturais ainda é predominante nessas regiões e baseia-se na extração de recursos primários com baixo nível de beneficiamento e praticamente nenhum emprego tecnológico (como madeira, minérios, frutos e castanhas), resultando na destruição de riquezas potenciais ainda não descobertas. Para invertermos essa lógica, é necessário um alto investimento em Pesquisa Cientifica & Inovação, acelerando as iniciativas em biotecnologia de forma atrelada à valorização do conhecimento tradicional. Essa abordagem vai de encontro com os valores promovidos pelo REDD+ e o MFS. Infelizmente, a existência de grandes territórios sob uma gestão de conservação de longo prazo e financeiramente saudável é exceção, não a prática no Brasil. Portanto, a consolidação dessas iniciativas tem o potencial de abrir portas à Pesquisa & Inovação, por meio de programas de incentivo em parceria com governos locais e do oferecimento de infraestrutura adequada.

 

Profissionais realizando o romaneio de espécies abatidas e utilizando GPS para localização das espécies a serem manejadas na área doProjeto REDD+ Manoa

Profissionais realizando o romaneio de espécies abatidas e utilizando GPS para localização das espécies a serem manejadas na área do Projeto REDD+ Manoa

 

Impacto das Atividades

Transporte de toras, provenientes de manejo sustentável na área do Projeto REDD+ Jutaituba.

Transporte de toras, provenientes de manejo sustentável na área do Projeto REDD+ Jutaituba

 

Por fim, não poderia deixar de mencionar o aspecto relacionado aos impactos gerados pela contínua atividade de operação madeireira em uma floresta nativa e de que forma podem refletir nos Projetos REDD+. Mesmo o MFS certificado causa impactos, tais como a construção de infraestruturas, trilhas para passagem de máquinas, abertura de clareiras e a retirada de árvores de alta biomassa.

No entanto, é possível mensurar com precisão o nível destes impactos nos estoques de carbono e, posteriormente, descontá-los na contabilização de emissões do projeto REDD+. Isso pode ser realizado mediante a conciliação de dados operacionais de campo com técnicas de sensoriamento remoto, evitando questionamentos relacionados à integridade no cálculo das Emissões de GEE do projeto de carbono. Outros potenciais impactos sociais e ambientais podem ser monitorados e mitigados, por esse motivo são importantes as certificações que asseguram o controle de qualidade das operações. É importante ressaltar que esse impacto é substancialmente menor que as demais alternativas econômicas usuais, como a exploração madeireira predatória convencional, que frequentemente desencadeia uma degradação em série culminando na implantação da pecuária.

 

Sagui-de-nariz-branco (Saguinus nigricollis). Espécie encontrada na área de manejo sustentável do Projeto REDD+ Jutaituba.

Sagui-de-nariz-branco (Saguinus nigricollis). Espécie encontrada na área de manejo sustentável do Projeto REDD+ Jutaituba

 

Perspectivas de Futuro

Cachoeira da Manoa, área de alto valor de conservação do Projeto REDD+ Manoa

Cachoeira da Manoa, área de alto valor de conservação do Projeto REDD+ Manoa

Sem dúvida, as soluções para o desenvolvimento econômico sustentável da região amazônica devem ir muito além da extração de recursos primários como madeira, e dos mecanismos transitórios de incentivo econômico, como o mercado de carbono.

Em uma escala macro, é necessário que ocorra um ordenamento territorial, por meio da regularização fundiária, comando e controle sobre atividades ilegais, e da implementação de uma gestão efetiva de terras públicas. Paralelamente, é essencial um investimento adequado em geração de conhecimento, de modo a sustentar o processo de transformação tecnológica das cadeias produtivas. Sem essas iniciativas, jamais conseguiremos avançar para além do extrativismo de produtos primários com baixo valor agregado, impedindo o crescimento na geração de renda e desenvolvimento socioeconômico.

O estabelecimento da atividade de MFS associada a projetos de carbono não representa a solução definitiva para a Amazônia, mas sim uma etapa inicial fundamental para possibilitar a consolidação de uma governança territorial com estabilidade financeira e visão de longo prazo, dando assim suporte ao desenvolvimento de outras iniciativas de maior valor agregado e assegurando a manutenção dos ativos ambientais para as próximas gerações.

 

Rio Paru, na comunidade do Cafezal, área de floresta conservada do Projeto REDD+ Jari Pará

Rio Paru, na comunidade do Cafezal, área de floresta conservada do Projeto REDD+ Jari Pará

 


 

Referências e Sugestões de Leitura:

 


 

 


Caio Gallego
Gerente de Inteligência NBS
Biofílica Ambipar

 


 

[1] Cerca de 48% das emissões nacionais em 2022, de acordo com os dados do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa)
[2] Segundo o IBGE, cerca de 63% da produção extrativista no Brasil em 2022 foi de origem madeireira.
[3] Ecosystem Marketplace, 2023: State of the Voluntary Carbon Markets 2023
[4] McKinsey, 2021: A blueprint for scaling voluntary carbon markets to meet the climate challenge
[5] Ecosystem Marketplace, 2023: State of the Voluntary Carbon Markets 2023

Biofílica Ambipar conduz doação de área florestal da AgroSB ao Governo do Amazonas para Compensação de Reserva Legal

A área doada para incentivar o desenvolvimento rural sustentável e a conservação ambiental do estado será recebida a título de Compensação de Reserva Legal.

Foi concluída mais uma doação de área com a finalidade de Compensação de Reserva Legal conduzida e assessorada pela Biofílica Ambipar para a AgroSB. A empresa, que já havia doado ao ICMBio mais de 12 mil hectares de área localizada na Reserva Extrativista Baixo Juruá, no estado do Amazonas com essa finalidade, realizou agora nova doação ao Governo do Estado do Amazonas. 

A área doada representa o ganho de mais de 15.209 hectares para o governo e reforça o compromisso da AgroSB em incentivar e fomentar o desenvolvimento rural sustentável e a conservação ambiental da Floresta Amazônica.  

A doação de áreas para fins de Compensação de Reserva Legal está prevista no artigo 66, inciso III, § 5º, inciso III, do Código Florestal. A doação da área foi realizada ao Estado do Amazonas para o processo de regularização e compensação das áreas via Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Compra de um imóvel localizado em Unidade de Conservação (UC)

A modalidade consiste em: o proprietário com déficit de Reserva Legal adquire uma área em UC que esteja pendente de regularização fundiária e doa ao poder público, sendo a negociação benéfica para todas as partes.

Por que a compra em UC é vantajosa?

A área fica sob responsabilidade do órgão ambiental; 

O comprador não terá que investir em manutenção da Reserva Legal; 

Não há o acréscimo de área a ser compensada referente à reserva do imóvel que está sendo adquirido; 

O pagamento é único; 

A Reserva Legal fica perpetuamente averbada na matrícula do imóvel; 

A Unidade de Conservação regulariza sua situação fundiária; 

A conservação da área prioritária fica sob a responsabilidade de um agente ambiental competente.

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A força da natureza contra as mudanças climáticas

 

Car@s colegas, parceiros e clientes,

 

Ao encerrarmos mais um ano de trabalho, queremos compartilhar com vocês a nossa alegria e orgulho por tudo o que conquistamos juntos. 2023 representou um verdadeiro freio de arrumação para o mercado voluntário de carbono internacional, no qual houve uma verdadeira separação do joio do trigovisando a consolidação de projetos de carbono de alta integridade socioambiental.

Resiliência foi a palavra-chave esse ano, representando, também, uma janela de oportunidade para que possamos entrar mais fortalecidos em 2024 e continuarmos a união de esforços com o objetivo de aprimorar a integridade, qualidade, confiança e escala dos projetos de Soluções Baseadas na Natureza.

 

No Brasil, os Três Poderes se uniram com o objetivo de fortalecer a pauta de combate às mudanças climáticas e o país nunca esteve tão perto de contar com um Mercado Regulado de Carbono:

 

No âmbito do Legislativo, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 2.148/2015, que cria o Mercado Regulado de Carbono no Brasil. O avanço desse projeto é um marco histórico para a descarbonização da economia brasileira e fortalece o mercado voluntário, já que haverá interoperabilidade entre os dois mecanismos. Desenvolvemos uma análise sobre o tema, que pode ser acessada por esse link.

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Também foi sancionada a Lei nº 14.590/2023, que corrige um entrave histórico na legislação nacional de Concessões Florestais, permitindo agora o desenvolvimento de projetos de carbono nessas áreas. A Biofílica Ambipar tem trabalhado ativamente com o Ministério do Meio Ambiente, com o Serviço Florestal Brasileiro, com o ICMBIO e BNDES para auxiliar na regulamentação da lei, preparando modelos de viabilidade e cenários com o objetivo de alavancar substancialmente as concessões florestais no Brasil.

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No âmbito do Executivo, a Biofílica Ambipar passou a contar com uma cadeira na Comissão Nacional para REDD+ (Conaredd+), representando o setor privado. É a primeira vez, desde a criação da Comissão, que existe representatividade do setor privado. A conquista da cadeira significa o reconhecimento da expertise técnica e do engajamento da Biofílica Ambipar na área de Soluções Baseadas na Natureza.

 

Já em nível internacional, as principais entidades e stakeholders do mercado voluntário de carbono (MVC) têm unido esforços em torno do aprimoramento da integridade, confiança e escala, refletindo numa perspectiva muito positiva em relação ao futuro desse mecanismo de financiamento climático.

 

Na COP28, que aconteceu em Dubai, participamos de diversas discussões e pudemos interagir com nossos parceiros internacionais. Vimos um consenso global sobre a importância do mercado de carbono para a descarbonização e a mitigação das mudanças climáticas. Como exemplo, citamos a fala da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a importância desses mecanismos e sua ligação com a proteção de Biodiversidade. A propósito, desenvolvemos um boletim com todas as notícias sobre o MVC durante a COP 28, que pode ser acessado por este link.

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Além disso, em um anúncio histórico e com apoio da Presidência da COP28, a Science Based Targets Iniciative – SBTi, a Voluntary Carbon Markets Iniciative – VCMI, o Integrity Council for the Voluntary Market – ICVCM, GHG Protocol e a We Mean Business Coalition – WMB informaram que se reunirão para estabelecer um manual de integridade que forneça metodologias, com bases científicas, para a descarbonização de processos produtivos e a utilização de créditos de carbono voluntários para a compensação de emissões residuais de carbono. Recomendamos que assistam o seguinte vídeo, divulgado pelas entidades, explicando a urgência de financiarmos a conservação e restauração florestal.

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Já do lado da oferta de créditos de carbono, presenciamos as maiores certificadoras mundiais, como Verra, American Carbon Registry (ACR), Architecture for REDD+ Transactions (ART), Climate Action Reserve, Global Carbon Council e Gold Standard, anunciarem que se unirão para trabalhar em conjunto para estabelecer princípios comuns relacionados à quantificação, verificação e permanência de reduções e remoções de emissões de carbono em suas respectivas metodologias. A parceria tem como objetivo facilitar que cada uma dessas certificadoras esteja alinhada aos Core Carbon Principles (CCPs), conjunto de parâmetros desenvolvidos para identificar créditos de carbono voluntários de alta integridade. 

 

Além dos avanços a nível nacional e internacional do mercado voluntário de carbono, destacamos os seguintes marcos do mercado em 2023:

 

A Verra, certificadora de todos os projetos da Biofílica Ambipar, publicou uma metodologia consolidada para projetos de conservação florestal de desmatamento não planejado (REDD+ AUD).  A nova metodologia visa harmonizar as linhas de base dos projetos, criando maior segurança da integridade ambiental desses créditos de carbono.

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Após sete anos, a Ecosystem Marketplace atualizou sua análise de como atuam as empresas que compram créditos de carbono vs. as que não fazem uso dessa estratégia. O estudo, feito com mais de 7.000 empresas, identificou que, na média, as empresas que fazem parte do mercado voluntário investem três vezes mais em atividades de redução de emissões do que outras empresas. Ou seja, o estudo combate o desentendimento de que empresas que compram créditos de carbono não tem estratégias amplas de descarbonização.

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Também foi notável o envolvimento das empresas com o mercado voluntário de carbono em 2023, mesmo em um ano desafiador. De acordo com dados da Verra, o volume de créditos de carbono de projetos de conservação florestal (REDD+) aposentados em 2023 superou em 70% o volume aposentado no mesmo período do ano anterior, chegando a 46 milhões de tCO2e. Já as aposentadorias totais na Verra, considerando todos os tipos de projetos, chegaram ao patamar de 104 milhões de toneladas, mesmo volume observado no período equivalente de 2022.

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Internamente, mantivemos o nosso foco em garantir projetos de conservação e restauração florestal de alta qualidade e integridade. Com uma equipe de mais de 70 pessoas de elevado nível técnico, conduzimos 10 auditorias, desenvolvemos 6 novos projetos, consolidamos inteligência em projetos com foco em manejo sustentável do solo na agricultura e pecuária e em Blue Carbon e implementamos novos selos e certificação de co-benefícios. Além disso, inovamos no modelo de financiamento em áreas de restauração ecológica, por meio do investimento de R$ 300 milhões na restauração florestal da Mata Atlântica no âmbito do Projeto ARR Corredores de Vida, em parceria com a Biofarmacêutica Astrazeneca. Por fim, estamos cada vez mais integrados ao Grupo Ambipar aproveitando toda a sinergia e os milhares de clientes no mundo para levar soluções de descarbonização. Não poderíamos estar numa plataforma mais poderosa para atingir nossa missão.

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Todas as nossas conquistas só foram possíveis devido ao apoio e a confiança de nossos clientes e parceiros, que acreditam na necessidade de aumentar significativamente o financiamento para a conservação florestal e o reflorestamento e restauro de áreas degradadas no Brasil. 

 

Em 2024, continue contando com a Biofílica Ambipar para trabalharmos juntos por um futuro mais sustentável.

 

Em nome de toda a equipe, desejo a você um extraordinário e próspero 2024.
Um abraço, 

 


Plínio Ribeiro
Cofundador e CEO da Biofílica Ambipar

COP28: avanços e desafios no combate às mudanças climáticas

 

Entre consensos e discordâncias, o evento aguardado com grande expectativa deixou um saldo positivo, mas adiou decisões importantes.

A recente Conferência das Partes (COP28) realizada em Dubai, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, era aguardada com grande expectativa no cenário internacional. O evento, que reúne os países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, teve como objetivo discutir ações cruciais para atingir as metas do Acordo de Paris, um dos mais abrangentes planos globais para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o enfrentamento das mudanças climáticas.

Os debates durante os dias de conferência resultaram em avanços significativos, mas também em pontos em que não foi possível alcançar consenso, adiando decisões importantes para o futuro.

 


Avanços

Inicialmente, destacamos os aspectos positivos.

A preocupação em relação à realização da COP28 em Dubai, um dos principais exportadores de petróleo e gás natural, foi atenuada com o reconhecimento, pela primeira vez na história das COPs, da necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis. A comunidade científica e ambientalistas celebraram o acordo que prevê triplicar a capacidade de energia renovável global e dobrar a taxa de melhorias na eficiência energética até 2030. Além disso, houve reconhecimento da urgência em aumentar o financiamento para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, embora não tenha sido definido um caminho para que os países cheguem a esse objetivo.

No que diz respeito ao Mercado Voluntário de Carbono, observou-se um esforço conjunto das principais entidades e stakeholders para aprimorar a integridade, confiança e escala desse mecanismo de financiamento climático. Clique aqui para acessar o artigo que desenvolvemos especificamente sobre o tema.

 


 

Entraves

Alguns desafios foram evidenciados durante a COP28.

A expectativa de estabelecer as regras operacionais do artigo 6 do Acordo de Paris não foi completamente atendida. Essa seção do acordo trata de mecanismos de cooperação entre os países para a redução das emissões de GEE e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. O não acordo resultou na postergação das definições para a COP29, no Azerbaijão

Outro ponto de preocupação foi o retrocesso em relação à utilização do carvão para a geração de energia elétrica. O texto final foi menos assertivo do que o acordado na COP26 em 2021, mencionando apenas a importância da redução do uso, mas sem estabelecer metas concretas.

 


 

Participação do Brasil

Em relação à participação do Brasil, tínhamos a oportunidade de, após muitos anos como pária ambiental, demonstrarmos nosso comprometimento com o combate às mudanças climáticas. Porém, mesmo com a maior delegação de sua história, ações como a realização de novos leilões de exploração de petróleo e a entrada na OPEP+ foram consideradas inoportunas, comprometendo a imagem do país no combate às mudanças climáticas.

Em síntese, a COP28 foi encerrada com saldo positivo. Apresentou avanços importantes, mas também revelou desafios persistentes. O evento, com sua participação recorde de mais de 90 mil pessoas, demonstrou o comprometimento global na busca por soluções diante da crise climática.

À medida que nos preparamos para a COP30 em Belém do Pará, é crucial refletirmos sobre os obstáculos enfrentados e nos concentrarmos na efetividade das ações futuras, considerando a crescente atenção internacional à preservação da Floresta Amazônica.

 


 

Ambipar e IPÊ anunciam investimento de mais de R$ 350 milhões no 🌱Projeto ARR Corredores de Vida

Iniciativa prevê o plantio de 12 milhões de árvores no Estado de São Paulo, equivalente a 38 Parques do Ibirapuera, e a criação de 400 postos de trabalho

 

São Paulo, 6 de julho de 2023 – A AstraZeneca, biofarmacêutica global, anuncia o investimento de mais de R$ 300 milhões na restauração florestal da Mata Atlântica por meio do Projeto ARR Corredores de Vida. A parceria entre a farmacêutica, Biofílica Ambipar e o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas prevê o plantio de 12 milhões de árvores, em mais de 6 mil hectares, equivalente a 38 Parques do Ibirapuera ou 6 mil campos de futebol, e a geração de 400 empregos, além de proporcionar um habitat seguro para espécies ameaçadas de extinção.

O projeto visa criar corredores ecológicos por meio da restauração da vegetação nativa da Mata Atlântica e promover a conectividade entre os fragmentos florestais remanescentes localizados na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo. O reflorestamento será focado em áreas privadas, com a possibilidade de realização futura em áreas públicas.

O anúncio oficial da parceria entre AstraZeneca, Biofílica Ambipar e IPÊ no Projeto ARR Corredores de Vida aconteceu ontem, às 18 horas, no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, na capital paulista. Estiveram presentes o Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, além de executivos da farmacêutica: Leon Wang (vice-presidente da região Internacional da AstraZeneca); Carlos Sánchez (vice-presidente, AstraZeneca América Latina); Olavo Côrrea (diretor-geral, AstraZeneca Brasil) e Jorge Mazzei (diretor-executivo de relações corporativas, diagnóstico e regulatório, AstraZeneca Brasil). Plínio Ribeiro, fundador da Biofílica Ambipar, e Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, também participaram da cerimônia.

A iniciativa local é parte do projeto global AZ Forest, que tem como objetivo plantar mais de 200 milhões de árvores em todo o mundo até o final de 2030 e visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta.

Os esforços globais de sustentabilidade da AstraZeneca no pilar de Proteção Ambiental incluem, além de sustentabilidade nos produtos e preservação de recursos, a ambição de carbono zero. A estratégia de sustentabilidade da companhia está focada em fornecer descarbonização profunda de acordo com a meta do Acordo de Paris, limitando o aquecimento planetário a 1,5°C1.

 

“O investimento da AstraZeneca no ARR Corredores de Vida visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta, que ao nosso ver estão intrinsicamente ligadas. Mais do que Corredores de Vida, estamos contribuindo para Corredores da Saúde”, diz Olavo Côrrea (diretor-geral, AstraZeneca Brasil).

“Sabemos da relação entre aumento do desmatamento e maior probabilidade de novas pandemias – proteger as florestas é extremamente positivo para a saúde de pessoas e comunidades”, completa Côrrea.

 

O projeto de restauração no Pontal do Paranapanema existe há mais de 20 anos, mas é um processo caro e que depende de investimento contínuo para ser viabilizado e, principalmente, ganhar escala.”, diz Plínio Ribeiro, CEO da Biofílica Ambipar. “O financiamento via mercado de carbono é hoje a melhor alternativa, pois permite que grandes companhias como a Astrazeneca possam contribuir nesse processo. O investimento será revertido no plantio de 6 mil hectares de floresta na Mata Atlântica até 2025.”

“Sustentado pelo tripé CCB (Clima, Biodiversidade e Comunidade) nosso projeto vai além do impacto ambiental e prevê a geração de aproximadamente 380 empregos indiretos, distribuídos entre empresas da região para realização de operações como preparo de solo, plantio, controle de plantas invasoras e formigas, e 20 empregos diretos com foco na gestão. Estas contratações são fundamentais para o desenvolvimento das comunidades e assentamentos da região.” complementa Ribeiro.

 

“O IPÊ já tem mais de 30 anos de atuação no Pontal do Paranapanema e começamos a implantação de corredores como uma estratégia de conservação da paisagem e de espécies ameaçadas como o mico-leão-preto. Ao longo do processo, vários parceiros foram se reunindo conosco para alavancar essa restauração florestal da Mata Atlântica, inclusive o setor privado. A nova parceria vai contribuir ainda mais com esse projeto e para a conexão da paisagem, em um bioma que é um dos mais desmatados no Brasil”, destaca Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.

 

Veja a matéria do SPTV sobre o anúncio da Parceria.

 

 



AstraZeneca

A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo. Para mais informações, visite: www.astrazeneca.com.br e siga a empresa no Instagram @astrazenecabr.

 

Sobre a Biofílica Ambipar
Fundada em 2008, a Biofílica Ambipar Environment tem como propósito ser a melhor empresa mundial de Soluções Baseadas na Natureza (NBS – Nature-based Solutions), gerando valor para o mercado de ativos ambientais, combatendo as mudanças climáticas, protegendo a biodiversidade e promovendo o bem-estar e desenvolvimento social.

 

Desenvolvemos projetos que promovem a redução de emissões por meio da conservação florestal e o sequestro de emissões por meio do reflorestamento.

 

Acreditamos nas Soluções Baseadas na Natureza como mecanismos fundamentais para que a humanidade possa atingir as metas do Acordo de Paris e superar a crise climática. Até 2030, algo entre 35% a 50%* das reduções de emissões deverão vir única e exclusivamente das Soluções Baseadas na Natureza.

 

Sobre o IPÊ

Presente nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal e Cerrado, o Instituto realiza cerca de 30 projetos ao ano, aplicando o Modelo IPÊ de Conservação, que envolve pesquisa científica de espécies, educação ambiental, envolvimento e mobilização comunitária, conservação de habitats e da paisagem e apoio à construção de políticas públicas. Além de projetos locais, o Instituto também implementa trabalhos em diversas regiões, seguindo os temas Áreas Protegidas, Áreas Urbanas e Pesquisa & Desenvolvimento (Capital Natural e Biodiversidade).

 

O IPÊ é responsável pelo plantio de 6 milhões de árvores na Mata Atlântica, contribui diretamente para a conservação de seis espécies de fauna, realiza educação ambiental e capacitação para 12 mil pessoas por ano, em média. Os projetos beneficiam 200 famílias com ações sustentáveis e conhecimento sobre conservação ambiental.

Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, a organização conta com parceiros de todos os setores e trabalha como articulador em frentes que promovem o engajamento e o fortalecimento mútuo entre organizações socioambientais, iniciativa privada e instituições governamentais. www.ipe.org.br @institutoipe

 


 

[1]   United Nations Treaty Collection. Paris Agreement. 2015. Available at:  https://unfccc.int/sites/default/files/english_paris_agreement.pdf. [Last accessed: June 2023].

 

 

 

Conheça o Projeto ARR Corredores de Vida e suas atividades.

 

10 anos do Novo Código Florestal: a evolução da regulamentação ao longo do tempo

O Novo Código Florestal, criado com o intuito de conciliar os interesses de proteção ao meio ambiente e produtor rural, completa 10 anos neste dia 25 de maio. Confira na linha do tempo os acontecimentos importantes durante esse tempo.

 

O Novo Código Florestal está completando 10 anos desde sua promulgação, no dia 25 de maio de 2012. A Lei nº 12.651 substituiu o antigo Código Florestal (Lei nº 4.771/1965) para atender às necessidades climáticas, combater crimes ambientais e conciliar os interesses dos produtores rurais.

Entre as principais mudanças que foram implementadas após a atualização estão:

  • O percentual de reserva legal exigível nos imóveis;
  • Proteção de vegetação nativa e delimitação dos marcos temporais;
  • Controle e retenção dos altos índices de desmatamento ilegal;

Embora tenha sofrido resistência no início pelas novas obrigações do produtor rural, a lei significou um importante avanço para garantir segurança jurídica e beneficiar os proprietários que têm seus imóveis regularizados.

Ao longo desse tempo, pudemos observar o progresso que foi possível a partir de sua implementação. Confira na linha do tempo:

 


 

2012

Publicação do código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012) e do decreto que dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural – CAR (Decreto federal nº 7.830/2012)

Após tramitar por 13 anos no Congresso Nacional, a lei é implementada. Com ela, passam a ser exigidos do produtor rural:

  • Registro CAR – Sistema eletrônico que reúne informações sobre as características ambientais dos imóveis rurais.
  • Proteção e manutenção de Áreas de Preservação Permanentes (APP)
  • Reserva Legal: uma porcentagem da área do imóvel rural deve ser de mata nativa ou essa área deve ser compensada em outros imóveis.

 


 

 

2014

Entra em vigor o PRA – Programa de Regularização Ambiental (Decreto federal nº 8.235/2014)

Um importante passo para a implementação das mudanças previstas na lei.

O programa reúne as ações necessárias para regularizar o imóvel após o Cadastro Ambiental Rural.

Ao cumprir as obrigações exigidas por ele, o produtor rural tem direito a:

  • Suspensão de penalidades
  • Acesso ao crédito rural
  • Compensação de reserva legal em outro imóvel.

 


 

2018

Regulamenta a Cota de Reserva Ambiental (Decreto federal nº 9.640/2018)

Mais um avanço!

A regulamentação das Cotas de Reserva Ambiental – títulos que representam áreas de vegetação nativa – deixou o produtor rural mais próximo de ter acesso a essa opção vantajosa de Compensação de Reserva Legal.

 


 

2022

Institui o Plano Nacional de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais (Decreto Federal Nº 11.015/2022)

A mais recente atualização.

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) propôs a edição de um decreto para construção do Plano Nacional de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais – RegularizAgro.

O objetivo é avançar na agenda da regularização ambiental em todos os biomas brasileiros, em conformidade com o Código Florestal.

Estamos sempre por dentro das novidades e atualizações para oferecer as melhores soluções e auxiliar você na regularização do seu imóvel.

 


 

 

Tire suas dúvidas e conheça as melhores
soluções para regularizar o seu imóvel.

 

 

Biofílica e Minerva, joint-venture para projetos de carbono na cadeia do agronegócio.

Assinamos junto com a Minerva Foods um memorando de entendimentos para a formação de uma joint-venture que vai atuar nos mercados do Paraguai, Argentina, Colômbia e Uruguai.

AMBIPAR PARTICIPAÇÕES E EMPREENDIMENTOS S/A

Sociedade Anônima Fechada

CNPJ nº 12.648.266/0001-24

 

COMUNICADO AO MERCADO

A Ambipar Participações e Empreendimentos S.A. (“Ambipar” ou “Companhia”), por meio de sua subsidiária Biofílica Ambipar Environmental Investments S.A. (“Biofílica Ambipar Environment”), empresa brasileira focada em Soluções Baseadas na Natureza (Nature-based Solutions), informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou na presente data um Memorando de Entendimentos com a Minerva S.A. (“Minerva”), líder em exportação de carne bovina na América do Sul, em linha com sua estratégia de sustentabilidade e na busca por uma cadeia pecuária de baixa emissão de carbono.

 

O Memorando de Entendimentos tem como objetivo estabelecer os principais termos e condições para uma parceria entre a Biofílica Ambipar Environment e a Minerva no desenvolvimento de projetos de carbono na cadeia do agronegócio da Minerva em toda a América do Sul, com exceção ao Brasil e Peru.

 

Por meio da constituição de uma Joint-Venture (“JV”), a Biofílica Ambipar Environment e a Minerva atuarão na avaliação e implementação de projetos de carbono nas propriedades conectadas a cadeia de fornecedores da Minerva, com foco na adoção de práticas aprimoradas de manejo para a intensificação sustentável na produção agropecuária. Também serão avaliadas outras oportunidades, como a conservação das áreas excedentes de reserva legal, iniciativas de reflorestamento e implementação REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação floresta somado [+] a conservação dos estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal).

 

Como resultado dos projetos a serem desenvolvidos junto a cadeia de fornecedores da Minerva Foods, serão gerados créditos de carbono, e/ou Reduções Verificadas de Emissão (“RVE’s”), os quais poderão ser comercializados em mercados apropriados, inclusive junto a própria base de clientes da Companhia.

 

A iniciativa reforça o preparo da Biofílica Ambipar Environment em oferecer soluções para empresas, governos e indivíduos que pretendem neutralizar as emissões de carbono das suas atividades, inclusive as da sua cadeia produtiva, em busca de conter o aquecimento global, rumo a um futuro Net-Zero.

 

A Companhia se compromete a manter os acionistas e o mercado em geral informados acerca do andamento deste e de qualquer outro assunto relevante.

 

Para obter mais informações sobre a Minerva, acesse: www.minervafoods.com

E para saber mais sobre a Biofílica Ambipar Environment, acesse: www.biofilica.com.br

 


 

 

 

 

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Compensação de Carbono em Grande Escala

Em entrevista, nós da Ambipar Environment falamos um pouco sobre Compensação de Carbono em Grande Escala, nossos projetos e os benefícios para empresas que neutralizam as emissões de CO2.

 

 

01 – Sobre a Ambipar Environment e Compensação de Carbono em Grande Escala

Desde 2008, a Ambipar Environment tem como missão a criação de um sólido e confiável mercado de serviços ambientais no Brasil, através da geração e comercialização de créditos de carbono de Nature-Based Solutions (NBS), ou Soluções Baseadas na Natureza. Desenvolvemos projetos que promovem a redução e o sequestro de emissões de carbono por meio da conservação florestal e do reflorestamento valorizando florestas em pé e seus serviços ambientais e protegendo a biodiversidade. Além disso, investimos em pesquisa científica e no desenvolvimento socioeconômico das comunidades que vivem nessas áreas.

 

02 – Como é feita a geração de créditos de carbono?

Diferentes ações podem levar a uma redução ou remoção de carbono. Na Ambipar Environment, implementamos diferentes tipos de projetos, que geram créditos de carbono utilizando 3 principais abordagens:

  • REDD+: mecanismo que propõe um conjunto de ações de combate ao desmatamento por meio de atividades sociais, de clima e biodiversidade, resultando na Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal somada ao manejo sustentável, a conservação e aumento dos estoques de carbono florestal;
  • AR (Afforestation / Reforestation) abordagem baseada no armazenamento de carbono na biomassa por meio do plantio de novas árvores em áreas onde não havia floresta (afforestation) e em áreas onde houve desmatamento (reforestation), recuperando ou criando uma nova floresta.
  • ALM (Agricultural Land Management) abordagem na qual projetos de intensificação sustentável na pecuária de corte e em áreas agrícolas levam a uma redução de carbono.

Além disso, nosso time técnico está em fase de implementação de mais uma abordagem, o Blue Carbon, que gera créditos de carbono por meio da conservação e restauração de ecossistemas costeiros, como os mangues, marismas, apicuns e seagrass — pradarias marinhas.

É importante notar que todos nossos projetos são auditados e certificados por um padrão internacional de mercado. Utilizamos os padrõesõ VCS (Verified Carbon Standard) e  CCB (Climate, Community & Biodiversity Standard) do VERRA (www.verra.org), o padrão de certificação mais utilizado no mercado voluntário de carbono global. Atualmente contamos com 11 projetos em desenvolvimento e em operação.

 

03 – A neutralização de emissões pela compra de créditos de carbono é uma solução internacionalmente reconhecida para empresas, pessoas e governos.
Como a Ambipar Environment oferece essa solução em grande escala?

Utilizando a abordagem REDD+, prospectamos áreas da Amazônia que estão sob pressão por desmatamento e investimos em atividades com foco na gestão e conservação de florestas a partir de metodologias internacionalmente reconhecidas. Uma vez que nossos projetos estão estruturados, auditores externos validam e verificam nossas atividades a fim de originar os créditos de carbono. Somos responsáveis pela comercialização dos créditos no Brasil e no exterior, desenvolvendo soluções para empresas que desejam neutralizar as suas emissões. Além disso, desenvolvemos parcerias no setor público e privado para expandir nossos projetos de carbono para outros biomas, utilizando as abordagens AR (Afforestation/Reforestation), ALM (Agricultural Land Management) e Blue Carbon.

A Ambipar Environment é capaz de oferecer essa solução em larga escala por já atuar a quase 15 anos no mercado e possuir um portfólio robusto de soluções; atualmente, temos quase 1,7 milhões de hectares de floresta sob conservação, representando aproximadamente 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono que deixam de ser emitidas na atmosfera todo ano.

 

04 – Quais são os benefícios das empresas em neutralizar suas emissões de carbono?

A prática de neutralizar emissões através da compra de créditos de carbono é internacionalmente reconhecida e traz benefícios para as empresa como: proporcionar o reconhecimento e solução dos impactos ambientais nas operações; aumento dos índices de Meio Ambiente, Social e Governança (ESG); diferenciação  e aumento da reputação da marca no mercado na perspectiva da temática ambiental; engajamento de funcionários e clientes; atração de investidores, entre outros. Adicionalmente, as empresas que neutralizam emissões de carbono com projetos da Ambipar Environment não só combatem diretamente as mudanças climáticas, como também evitam o desmatamento, promovem a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico sustentável local, contribuindo para diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

05 – Qual o processo para uma empresa neutralizar suas emissões de carbono?

Para uma organização neutralizar as suas emissões, três etapas devem ser trabalhadas: mensuração de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), definição de uma estratégia de redução dessas emissões e, por fim, a neutralização.

De forma mais detalhada:

1° passo – Calcular emissões

O cálculo de emissões é feito por um Inventário de Emissões de GEE, uma ferramenta para a quantificação das emissões e avaliação da pegada de carbono das operações da empresa. A prática comum das empresas é realizar o inventário uma vez por ano, mensurando as emissões do ano anterior.

2° passo – Reduzir o que puder

Com os dados inventariados em mãos, os focos para definir onde ocorrerão as reduções de emissões das operações estão mapeados. Alguns exemplos mais praticados para mitigar emissões são a diminuição do uso de combustíveis fósseis ou a sua troca por combustíveis renováveis, aumento da eficiência energética nos processos, troca das fontes de iluminação por lâmpadas LED, entre outros.

3° passo- Neutralizar as emissões remanescentes
Tomar ações para reduzir as emissões de carbono faz parte do caminho, e neutralizar as emissões que restam pela compra de créditos de carbono é a solução para se tornar uma empresa carbono neutro.

 

06 – Como são precificados os créditos de carbono?

Diversos fatores têm influência no preço dos créditos de carbono. Abaixo detalhamos os principais:

Fator 1) Localização do projeto

A Floresta Amazônica Brasileira, por exemplo, é a maior floresta tropical do mundo e um dos principais reservatórios de carbono do planeta. Sua importância para a biodiversidade conduz a uma valorização de créditos provenientes de projetos nesta região. O mesmo é válido para florestas tropicais e biomas em outros continentes.

Fator 2) Tipo de projeto

Os aspectos além do clima contam na hora de precificar um crédito de carbono.

O projeto desenvolve trabalhos sociais com comunidades? Pesquisa e protege a biodiversidade? Caso sim, os investimentos necessários para desenvolver essas atividades implicam em custos operacionais maiores e, consequentemente, isso é refletido no preço. Essas atividades são encontradas com maior facilidade em projetos florestais quando comparados a projetos de carbono de energia renovável e biogás – o que também explica o menor preço no mercado destes.

Fator 3) Idade do crédito de carbono – a chamada “safra” dos créditos de carbono

Safra é o ano em que ocorreram as atividades que levaram à redução ou ao sequestro das emissões de carbono. As safras são anuais e o mercado comprador avalia a permanência e operação ativa de projetos de carbono se este apresenta “safras novas”. O comprador tende a pagar mais nestas safras (2016 a 2020 – 5 anos retroativos do ano corrente). É importante reforçar que “safras antigas” não perdem a validade e continuam aptas para neutralização de emissões – e geralmente apresentam preços menores.

Fator 4) Faixa de volume

Existe também o fator volume: quanto menor o volume da compra, os preços são maiores. Os desenvolvedores costumam dar descontos para compras acima de 100.000 toneladas de créditos de carbono, mas isso pode variar de acordo com a estratégia de cada desenvolvedor de projeto.

 

07 – Como esse tipo de projeto pode garantir transparência na sua implementação a fim de evitar “greenwashing”?

Os projetos de carbono da Ambipar Environment são certificados e utilizam rigorosas ferramentas de Monitoramento, Reporte e Verificação (MRV), que asseguram a acurácia, veracidade e transparência dos processos de gestão estabelecidos pelos proponentes e nos projetos, sempre seguindo as normas e padrões de certificação.

Do lado dos desenvolvedores de projetos, estes podem e devem sempre apresentar relatórios técnicos e de atividades, permitindo ao comprador monitorar a implementação do projeto do qual comprou os créditos de carbono.

 

08 – Como os projetos garantem a permanência das reduções de emissões verificadas e evitam reversões?

É exigido pelos padrões de certificação que projetos de carbono façam uma análise de risco de não permanência das reduções de emissões. Esta análise e o valor de risco quantificado também são auditados por uma terceira parte. O risco estimado é subtraído do total líquido de reduções/remoções de emissão geradas e este resultado define justamente a quantidade de créditos de carbono (RVEs) comercializáveis. Além disso, todos os nossos projetos possuem uma duração de longo prazo (em torno de 30 anos) para que possamos evitar reversões e implementar medidas duradouras de manjeo sustentável.

 


 

 

Neutralize as emissões da sua empresa com Créditos de Carbono da Ambipar Environment.

 

 

Progresso da Biofílica e expectativas para 2022

Car@s parceiros e clientes,

Com o fim de 2021 e a chegada de 2022, não poderia deixar de compartilhar o progresso da Biofílica e nossas expectativas para o próximo ano. Assim como em 2020, passamos por um ano complexo, com a pandemia demandando resiliência e adaptabilidade. Mas 2021 foi também um ano de grandes conquistas para a Biofílica.

 

 

A Biofílica em 2021

 

Em 2021 passamos a ser Ambipar Environment após nos juntarmos ao Grupo Ambipar. Com essa união vamos acelerar nosso crescimento, proporcionando novas soluções aos nossos clientes e ampliando o portfólio de serviços ambientais da maior empresa de Gestão Ambiental do Brasil.

2021 foi um ano de crescimento para a Biofílica. Integramos um novo time e expandimos o nosso próprio. Mais que dobramos a nossa equipe, que contava com 13 colaboradores em janeiro e agora representa um time de mais de 30 excelentes profissionais. Adicionamos uma área focada somente em tecnologia, que começou o trabalho de implementação da Plataforma Biofílica, uma ferramenta robusta para gerenciar nossos projetos de carbono, e também construir uma imobiliária digital de Compensação de Reserva Legal (CRL) e outros serviços ambientais.

 

Equipe Biofílica 2021
Confraternização da equipe Biofílica 2021 no IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas)

 

Na área de CRL, mais que dobramos o número de hectares dos contratos que negociamos. Isso foi proporcionado por avanços na implementação do Código Florestal, que teve a data de 31 de dezembro de 2020 como a de corte para o proprietário rural registrar seu imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR), ainda com a possibilidade de realizar o Programa de Regularização Ambiental (PRA) para conseguir todos os benefícios previstos na legislação. Em 2021 também tivemos o lançamento do Modulo de Regularização Ambiental, ferramenta que permite o proprietário inserir seu projeto de Programa de Regularização Ambiental (PRA), principalmente a sua proposta de Compensação de Reserva Legal.

Também ampliamos o nosso propósito – o que começou com projetos de conservação na Amazônia de REDD+, agora representa uma parte do nosso portfolio de NBS (Nature-based Solutions) ou Soluções Baseadas na Natureza. Em 2021, iniciamos nosso primeiro projeto de restauração florestal em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), o Projeto Corredores de Vida. Iniciamos o plantio dos primeiros 500 hectares e esperamos alcançar a marca de 30 mil hectares nos primeiros 10 anos. Além de incluir projetos de AR (Afforestation/Reforestation) em nosso portfólio, iniciamos junto à Minerva Foods o desafio de desenvolver o primeiro projeto de carbono voltado para cadeia da pecuária no Brasil. Em breve também iniciaremos nossos primeiros projetos de conservação e restauração dos ecossistemas costeiros e marinhos, ou Blue Carbon.

Ainda em 2021 iniciamos dois novos projetos REDD+ que serão certificados em 2022, o Projeto REDD+ Jutaituba e o Projeto REDD+ Agropalma. Tivemos avanços importantes com a realização de duas auditorias de verificação, no Projeto REDD+ RESEX Jacundá e Projeto REDD+ Manoa, que juntos devem levar mais de 1 milhão de créditos de carbono ao mercado.

Somente com nossos projetos REDD+, terminamos o ano com 1,7 milhões de hectares sob conservação, representando, em média, 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono que deixam de ser emitidas na atmosfera todo ano.

 


 

Uma visão unificada

 

Nosso crescimento só foi possível por termos parceiros e clientes que compartilham da mesma visão de futuro e que colocam a “mão na massa” implementando ações, projetos e programas voltadas ao desenvolvimento sustentável. Esse ano, vimos um número recorde de empresas que se comprometeram a ser Net Zero até 2050. Vimos esse comprometimento pessoalmente, com mais de 100 clientes compensando suas emissões com a Biofílica. Comparado com 2020, tivemos um crescimento de mais de 65% na venda de créditos de carbono REDD+, e um aumento total de 187% em volume de créditos de carbono transacionados de parceiros, com projetos de biogás e energia renovável.

Vimos também uma reafirmação de comprometimentos globais para mitigar as mudanças climáticas. A Biofílica acompanhou pessoalmente a COP26, que finalizou o Livro de Regras do Acordo de Paris. O que já estava claro no mercado voluntário agora ficou formalizado em âmbito global: mercados de carbono são ferramentas essenciais para cooperação internacional que busca a mitigação de emissões de gases de efeito estufa

 

2021 também foi um ano de grandes colaborações, com parceiros que trabalharam juntos para proporcionar um mercado cada vez mais transparente, confiável e robusto. Cofundamos esse ano a Aliança Brasil NBS, que reúne os maiores desenvolvedores de projetos de carbono no Brasil. Também nos tornamos apoiadores estratégicos do Ecosystem Marketplace, uma plataforma global de informações sobre finanças, mercados e pagamentos por serviços ambientais.

Lançamos um Guia para Compra Responsável de Créditos REDD+ no Brasil, contribuímos com nossos posicionamentos juntos a Coalizão Brasil e fomos convidados pelo Verra para integrar o time de autores do Diálogo Global do Mercado Voluntário. Foi um ano de grandes parcerias e muitas realizações.

 

 


 

Um 2022 de muita ação

Para esse ano, esperamos poder continuar avançando com o nosso principal objetivo: nos tornar a maior empresa de Nature Based Solutions do mundo. Seguiremos implementando novas soluções, aumentando nosso time de colaboradores, expandindo os projetos em outros países da América do Sul e transacionando volumes recorde de créditos de carbono.

Dito isso, finalizo com um agradecimento especial ao time e ao conselho da Biofílica, clientes e parceiros por termos concluído mais esse ciclo e por terem tornado possíveis todas essas conquistas. Ainda temos um longo caminho à nossa frente, mas contamos com todos ao nosso lado para continuarmos a fazer a diferença no Brasil e no mundo.

Desejo a tod@s um excelente 2022 e que nossas esperanças e forças possam ser renovadas para encararmos mais um ano de novos desafios, crescimento e co-evolução.

Um abraço virtual,

Plínio Ribeiro
Cofundador e CEO
Biofílica Ambipar Environment

 


 

 

 

Presidente do BNDES visita o Projeto REDD+ RESEX Jacundá desenvolvido pela Ambipar Environment em Rondônia

O projeto REDD+ RESEX Jacundá já verificou e vendeu mais de 1.2 milhões de créditos de carbono e deve gerar mais créditos em 2022. 

 

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Gustavo Montezano, e um grupo de diretores do banco estiveram em Rondônia para conhecer as potencialidades do Setor Florestal e do mercado de Bioeconomia da região. E tiveram a oportunidade de conhecer de perto um pouco mais sobre o Projeto REDD+ RESEX Jacundá desenvolvido pela Ambipar Environment e pela Associação dos Moradores de Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá (ASMOREX), e as outras ações apoiadas na área. 

A visita começou na RESEX Rio Preto Jacundá pelas localidades onde são realizadas as ações de recuperação florestal em áreas desmatadas através do projeto do Centro de Estudos Rioterra, que é apoiado pelo projeto REDD+. Além disso, foi compartilhado pelos comunitários todo o histórico de construção do projeto REDD+ dentro da RESEX, desde seu início em 2012 e, como funciona atualmente o repasse transparente e equitativo de benefícios à comunidade.  

Na oportunidade, a equipe discutiu com a equipe do Centro de Estudos Rio Terra, que apoia o desenvolvimento das atividades socioambientais do projeto REDD+, as conexões entre bioeconomia, os benefícios de atividades como a restauração e conservação florestal, e os aspectos ligados a fixação de carbono junto a essas atividades. 

Presidente do BNDES visita Rondônia para conhecer Projeto REDD+ RESEX Jacundá desenvolvido pela Ambipar Environment em Rondônia

 

Conheça mais sobre o projeto REDD+ Jacundá 

A Reserva Extrativista Rio Preto- Jacundá é uma Unidade de Conservação criada na década de 90 para populações de origem seringalista. O Projeto REDD+ da Ambipar Environment tem como foco o investimento na melhoria da qualidade de vida das comunidades com o uso de ações de Bioeconomia e o monitoramento da cobertura florestal e da biodiversidade, visando reduzir impactos sociais e ambientais da região.  

A RESEX é localizada em uma região de grande pressão para a exploração predatória de recursos naturais e sofrendo de grande carência de serviços públicos básicos, neste contexto, os moradores encontraram na comercialização de serviços ambientais uma solução para o desenvolvimento social e a conservação do seu território. 

O projeto da Ambipar Environment começou em outubro de 2012 e realiza o monitoramento de 95.300 hectares, com preservação de 273 espécies de flora e 195 espécies de fauna. O projeto já verificou e vendeu mais de 1.2 milhões de créditos de carbono e deve gerar mais créditos em 2022. Fato que gerou mais de 414.290 tCo2eq de emissões reduzidas ao ano. 

Esse projeto possui selo ouro pelo CCBS para comunidade e biodiversidade, e conta com parceria da ASMOREX, do Governo do Estado de Rondônia e o apoio do Centro de Estudos Rio Terra.  

Sobre a Ambipar Environment

Fundada em 2008, a Ambipar Environment tem a missão de criar mecanismos que estejam totalmente de acordo com a conservação das florestas nativas, gerando e desenvolvendo um mercado sólido e confiável de créditos de carbono florestal. A empresa tornou-se referência nacional em compensação de reserva legal, oferecendo soluções em todas as modalidades, estados e biomas.