NORSUL e Ambipar: uma parceria valiosa para a proteção da Floresta Amazônica

Em parceria com a Ambipar, desde janeiro de 2020 a Companhia de Navegação Norsul neutraliza as emissões de toda sua frota por meio dos créditos de carbono. Neste primeiro de uma série de dois posts, entenda a relevância dessa iniciativa para a proteção às florestas e redução do desmatamento na Amazônia.

 

No Dia de Proteção às Florestas, data criada para chamar atenção e reforçar a importância de medidas que contribuem para que nossas florestas parem de ser desmatadas, damos início a uma série de duas publicações que contam mais sobre a parceria entre a Norsul e a Ambipar Environment e como a iniciativa dessas empresas impactam na conservação da Amazônia.

A NORSUL, ciente da relevância em ser uma agente da mudança, deu início em 2020 ao seu plano de ser a primeira empresa carbono neutro no segmento de cabotagem industrial no mundo, passando a neutralizar todas as emissões CO2 de sua frota mercante.

 

 

Essa prática foi possível por meio de uma solução inédita desenhada com a Ambipar Environment, onde são utilizados créditos de carbono provenientes dos seus projetos REDD+1 para compensar as emissões de todas as operações da empresa e a pegada de carbono de cabotagem de todos os clientes da NORSUL, que recebem certificados personalizados da solução de neutralização de carbono.

Qual a relação dessas ações com a proteção às florestas?

A importância da proteção às florestas está ligada a diversos fatores: combate às mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, ciclo da água e regime de chuvas, formação do solo, entre outros.
Porém, manter florestas em pé envolve questões além das ambientais, contextos sociais e econômicos têm relação direta com as principais causas de desmatamento.
Essencialmente, os projetos REDD+1 tem como objetivo combater o desmatamento, mas para garantir a efetividade do processo são traçadas estratégias baseadas em incentivos financeiros e promoção do desenvolvimento sustentável, para assim tornar florestas economicamente mais atrativas que outras formas de mudança e uso da terra.

Essa metodologia tem se mostrado muito eficiente, mas para que seja possível aplicá-la, é necessário o envolvimento de empresas conscientes e engajadas nessa causa, a exemplo da Norsul, que ao comprar créditos de carbono financia as atividades de conservação dos projetos REDD+ que a Ambipar Environment gerencia.

Para 2020, o Projeto REDD+ Vale do Jari forneceu os créditos para neutralização da frota da Norsul. Em uma região constantemente ameaçada pela atividade humana, promove a capacitação de técnicas sustentáveis de manejo e produção agroextrativista e o bem-estar das comunidades, tornando-as mantenedoras dos recursos florestais.

Os benefícios dessa parceria não param por aqui! No próximo post falaremos sobre o impacto dessas ações na prática para a Amazônia, a maior e uma das mais ameaçadas florestas do mundo.

 


 

1REDD+:  Redução das Emissões provenientes de Desmatamento e da Degradação florestal, incluindo (+) a conservação dos estoques de carbono florestal, o manejo sustentável de florestas e o aumento dos estoques de carbono florestal.

 

 

Afinal, o que é REDD+?

Um guia para você entender o que é REDD+ e como esse investimento agrega valor ao seu negócio enquanto contribui para a conservação das florestas.

O aumento do desmatamento e da degradação de florestas nas últimas décadas é alvo de preocupação, dado que tem sido responsável por grande parte das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil e no mundo. Diante da necessidade em reduzir essas emissões e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, foi criado, em um esforço internacional de pesquisadores e com o apoio das Nações Unidas, o mecanismo REDD+.

 

 

A importância das florestas

O desmatamento, a degradação de florestas e as mudanças do uso do solo, que incluem atividades como a agropecuária, contribuem com o total de 23% de todas emissões antropogênicas acumuladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) no mundo, registradas desde 19611. No Brasil, essas atividades resultaram em 69% de todas as emissões nacionais no ano de 20182.

Nesse contexto, a conservação das florestas, além de contribuir na redução das emissões de gases de efeito estufa, gera outros benefícios, como a proteção de bacias hidrográficas, a estabilização do regime de chuvas e impactos positivos sobre a biodiversidade e comunidades locais que dependem dos seus recursos. Adicionalmente, a biodiversidade mantida pelas florestas é uma fonte de recursos incalculáveis, que se bem manejados, podem garantir geração de emprego e renda para milhões de pessoas no futuro.

Fontes:
• Climate Change and Land (IPCC, 2019)
• Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG Brasil, 2018)

 

E o que é REDD+?

REDD+ é um mecanismo que tem como objetivo evitar as emissões de gases de efeito estufa associadas ao desmatamento de florestas, permitindo a remuneração daqueles que mantém as florestas em pé. Ao evitar que áreas de floresta sob ameaça sejam desmatadas, é possível gerar créditos de carbono, que uma vez comercializados, podem tornar as florestas economicamente mais atrativas do que outras formas de uso da terra. Esse mecanismo fecha o seu ciclo no momento em que as receitas provenientes do carbono são investidas na manutenção da floresta e no manejo sustentável de seus recursos.

 

 

Na prática, como isso funciona?

Inicialmente, são realizados estudos para se avaliar a potencialidade da implantação de um projeto REDD+ na área. Para isso, são analisados a área de floresta conservada na propriedade, a existência do risco de desmatamento da área com base no contexto regional em que está inserida, onde posteriormente são identificados os potenciais vetores de desmatamento na região, e a partir dessa análise são traçadas estratégias
fundamentadas em:

• Incentivos financeiros para reduzir o desmatamento, principalmente nos locais onde as florestas são convertidas para agricultura, por exemplo.

• Redução da degradação em florestas que perderam parte do seu valor ecológico.

• Promoção do desenvolvimento sustentável gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.

Após o monitoramento e a avaliação da efetividade das estratégias aplicadas é realizado o cálculo de emissões de CO2 que foram evitadas. Em seguida, são gerados os créditos de carbono.

 

 

Os projetos REDD+ são confiáveis?

Órgãos independentes de certificação disponibilizam metodologias e diretrizes para a implementação, monitoramento e verificação de projetos REDD+, garantindo altos níveis de segurança e rigor técnico, além de transparência e envolvimento necessário de comunidades e outras partes interessadas possivelmente impactadas.

A mais conhecida organização do mercado voluntário de carbono é o Verra, que disponibiliza os Padrões de certificação VCS e CCB. O Verra é reconhecido internacionalmente pela sua expertise e excelência técnica em certificar projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e os benefícios sociais, ambientais e econômicos associados a estes projetos.
Antes de investir em um projeto, é essencial averiguar se ele possui certificação.

Projeto REDD+ Rio Preto-Jacundá ganha espaço no site da Verra

 

REDD+ está dando resultado?

Sim! A taxa desmatamento nas áreas onde atuam os projetos REDD+ da Ambipar Environment foi reduzida em 75% entre os anos de 2015 e 2018, indo na contramão da taxa de desmatamento na Amazônia brasileira, que cresceu 7% nesse mesmo período.

No total, são 1,2 milhões de hectares conservados, que abrigam pelo menos 340 espécies de flora, 1.200 espécies de animais e onde vivem cerca de 1.500 pessoas que foram impactadas pelos nossos projetos até o fim de 2019.

A importância da gestão e conservação de florestas refletida em nosso crescimento

 

Quem pode investir em projetos REDD+?

Atualmente, instituições e empresas que buscam compensar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e contribuir para a conservação de florestas financiam os projetos REDD+ através da compra de créditos de carbono. Os projetos também são financiados por países, através de programas de conservação ambiental.

 

Por que líderes com visão de futuro estão investindo em projetos REDD+?

No cenário extremamente competitivo que temos hoje, líderes de todos os setores enfrentam diariamente o desafio de se destacar no mercado. Ao mesmo tempo, a preocupação em assumir a responsabilidade do impacto ambiental gerado por suas atividades é crescente.

Compensar emissões investindo em projetos REDD+ é uma forma inovadora de solucionar essas duas questões, englobando benefícios como:

• Reconhecimento e solução dos impactos ambientais nas operações
• Engajamento de funcionários e clientes
• Melhora nos indicadores de Meio Ambiente, Social e Governança (ESG)
• Diferenciação no mercado
• Aumento da reputação e imagem da marca
• Atração de investidores

 

Comece agora a fazer a diferença para o planeta e para sua empresa.

Quero investir em projetos REDD+

Manejo Florestal Sustentável do Projeto REDD+ Jari Amapá e a manutenção da biodiversidade de fauna

Monitoramento da biodiversidade realizado no projeto aponta que os resultados encontrados para fauna nas áreas de manejo sustentável de florestas são semelhantes aos das florestas primárias

 

Desenhadas para gerar impactos positivos ao clima, comunidade e biodiversidade, as atividades dos projetos REDD+ são constantemente monitoradas, de forma a serem aprimoradas e a evitar que tenham o efeito inverso. Em 2019, foi a vez de avaliar os resultados do monitoramento da biodiversidade na zona do projeto REDD+ Jari Amapá.

O manejo sustentável de florestas é uma atividade produtiva que envolve a exploração racional da floresta, com o intuito de gerar benefícios econômicos e sociais com o mínimo de impacto ambiental, de forma que a floresta possa se recuperar após a exploração e continuar provendo serviços ecossistêmicos. Diante disso, um dos principais resultados obtidos no estudo refere-se à conservação da fauna, essencial para a manutenção e funcionalidade da floresta. Os dados mostraram que as florestas manejadas, devido às boas práticas utilizadas, mantiveram uma diversidade de aves semelhante à da floresta primária, com diferenças apenas na abundância de algumas espécies.

Também foram obtidos bons resultados para mamíferos de grande e médio porte, por mais que a riqueza de espécies tenha sido maior nas áreas de floresta primária. Pelos registros, o manejo florestal não afetou a composição e a abundância relativa da maioria das espécies, apontando, inclusive, que a comunidade de fauna está bem estabelecida, uma vez que foram observadas espécies carnívoras topo de cadeia alimentar, como a onça pintada e jaguatirica. Ademais, foram encontradas potenciais espécies dispersoras de sementes, essenciais nos processos ecológicos e de recuperação da floresta.

A existência das florestas primárias associadas às áreas de manejo florestal mostrou-se um ótimo arranjo para manutenção da biodiversidade de fauna, principalmente para as espécies pouco tolerantes à presença humana ou à perturbação da floresta. Da mesma forma, as semelhanças encontradas entre as florestas nativas e manejadas indicam que os protocolos de manejo têm sido eficientes e cumprem com o principal papel de contribuir com o desenvolvimento sustentável da região e preservar a biodiversidade local.

Colabore para que os projetos REDD+ da Ambipar Environment continuem protegendo a biodiversidade da Amazônia.

Clique e converse com nosso time

Rede elétrica chega a 59 famílias de Nova Conquista, no Vale do Jari

O sonho de 59 famílias que vivem na comunidade de Nova Conquista, no município de Vitória do Jari, acaba de se tornar realidade.
Após a otimização da estrutura da rede elétrica de fornecimento de energia, com a disponibilização de 3.500 mil metros de fios, postes de cimento e transformadores, com essas ações a rede elétrica pública chegou a suas casas.

 

Projeto REDD+ Jari - Rede elétrica chega a 59 famílias de Nova Conquista

 

A grande conquista foi o resultado das ações do Projeto REDD+ Vale do Jari, uma parceria da Ambipar Environment e Fundação Jari, para atender às necessidades e promover o bem-estar dos moradores da região. A partir dos recursos provenientes dos investimentos socioambientais em créditos de carbono, foi possível viabilizar a logística de mobilização comunitária, instalação de rede de eletrificação e assistência técnica à comunidade.

Em uma área constantemente ameaçada pela atividade humana, o trabalho do projeto fomenta a importância da conservação florestal. Na prática, o retorno para a população local de recursos que são resultado de manter florestas em pé fortalece a ideia de que é possível desenvolver a economia do local de forma sustentável.

O impacto positivo de um investimento em créditos de carbono originados de Projetos REDD+ reflete muito além da conservação das florestas, reflete diretamente também na qualidade de vida das comunidades onde atuam. Saiba como a sua empresa pode fazer a diferença.

 

Rios aéreos: a importância da Amazônia para distribuição de chuvas

A umidade produzida na Amazônia é fundamental para a distribuição das chuvas nas regiões sul e sudeste do Brasil. Os chamados ‘Rios Voadores’, são oriundos de áreas tropicais do Oceano Atlântico e alimentados pela umidade que se evapora da Floresta  Amazônica, sendo posteriormente e distribuídos para outras as regiões da América do Sul.

O desmatamento pode interferir diretamente neste processo, uma vez que a alteração no regime de chuvas nos últimos anos, já vem sendo, em parte, atribuída ao desmatamento na Amazônia. Quanto menos árvores em pé, menor é a troca de umidade. Uma árvore com uma copa de 20 metros de diâmetro, por exemplo, transpira em média 1.000 litros por dia.

Segundo especialistas, alteração do regime de chuvas devido ao crescimento do desmatamento e da degradação florestal na Amazônia contribui para causar o aumento de eventos extremos em áreas vulneráveis como São Paulo ou Rio de Janeiro, podendo causar desastres naturais no futuro, como deslizamentos de terra e inundações em áreas urbanas e rurais.

Você pode ajudar a conservar a Amazônia neutralizando as emissões de CO2 da sua empresa com nossos projetos REDD+. Entre em contato com nosso time e saiba mais.

Fonte: https://bbc.in/2NAEz93

 

Programa REDD+ Vale do Jari abrange a área da RENCA e gera recursos por meio da conservação da floresta em pé.

 

A Ambipar Environment, em parceria com o Grupo Jari, desenvolve dois projetos de carbono florestais nas áreas do grupo localizadas nos municípios de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Almerim, na divisa do estado do Pará com o Amapá. Enquanto o Projeto REDD+ Jari Pará, com área de 916 mil hectares, encontra-se na fase inicial de desenvolvimento, o Projeto REDD+ Jari Amapá, com área de 220 mil hectares, já verificou três safras (2011, 2012 e 2013) de créditos certificados pelo Verified Carbon Standard (VCS) e validados pelo Climate, Community and Biodiversity Standard (CCBS). O Projeto REDD+ Jari Amapá evita o desmatamento de mais de 11 mil hectares de floresta que seriam convertidos ao longo de 30 anos, e assim evita emissões na grandeza de 3,45 milhões tCO2e a atmosfera.

As vendas dos créditos de carbono florestais do Projeto REDD+ Jari Amapá tem sua remuneração revertida na promoção de agricultura familiar sustentável para 50 famílias de 8 comunidades da região do projeto. Desde o início do projeto áreas de pastagem e culturas agrícolas improdutivas deram lugar a Sistemas Agroflorestais mais eficientes e áreas de regeneração florestal, a partir do fornecimento de suporte técnico, elaboração de Planos de Uso das áreas, e acesso a insumos e equipamentos aos agricultores da região. Além disso, parte da receita dos créditos de carbono é investida em pesquisas científicas em biodiversidade: a área abriga pelo menos 2.800 espécies de flora e aproximadamente 2.000 espécies de fauna, sendo 150 destas ameaçadas de extinção. Este fato confere o nível ouro em biodiversidade do Climate, Community and Biodiversity Standard (CCBS) ao projeto.

Neste contexto, os dois Projetos REDD+ Jari fazem sobreposição com a Reserva Nacional do Cobre e seus Associados (RENCA). Esta área, com cerca de 4,6 milhões de hectares, teve recente notoriedade internacional devido ao temporário decreto emitido pelo presidente da república determinando a extinção da reserva mineral estatal com o objetivo de regularizar a exploração mineral na área por empresas do setor privado. Após discussões entre diferentes agentes da sociedade, o governo brasileiro decidiu revogar o decreto de extinção da RENCA.  Este acontecimento expos a notável riqueza de recursos naturais da área e fez surgir discussões sobre a sua exploração e seus prováveis impactos irreversíveis à biodiversidade local.

As iniciativas de REDD+ nesta região fazem contraponto a atividades de grande impacto ambiental, como a mineração, a partir da promoção da conservação florestal, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e promovendo o desenvolvimento socioeconômico local sustentável, os quais valorizam a “floresta em pé” por meio do pagamento por serviços ambientais gerados pela redução do desmatamento e a degradação florestal.