In an unprecedented work, the doctor attended children from 0 to 5 years old. The need was identified by the Association’s leaders, and the action was planned in the project’s annual planning, reinforcing the concern with the community’s well-being and quality of life.
It was a prominent theme at COP27, but financing vulnerable communities as one of the practices that interfere – and a lot – in the fight against deforestation is nothing new for the RESEX Jacundá REDD+ Project.
One of the pillars that maintains the success of this forest conservation project after so many years of operation is the focus on the well-being and quality of life of the local population, who suffer from a lack of basic public services.
Active in the Rio Preto-Jacundá Extractive Reserve (RESEX), its main goal has always been to strengthen the extractive and associativism culture, reducing the population exodus. To achieve a positive result, among the actions implemented is the Community Life Plan, which covers incentives for the personal and social development of its members.
Following this line, it was identified by the leaders of the Residents’ Association, due to the number of children in the community, the need to insert pediatric care for the local population, an unprecedented action until then. The activity was included in the annual planning for 2022 and materialized during that same year, with the visit of Dr. Helena, who attended children from 0 to 5 years old in the Reserve.
“It is an unprecedented work here in RESEX. We put it in our annual planning, and today we are counting on the presence of Dr. Helena attending the children of the community” – commented José Pinheiro, community leader of ASMOREX, on the day of the action.
The intention with this first step is to start monitoring the children’s development from early childhood, evaluating the growth curve and identifying early on possible diseases or more serious problems so that, when necessary, they can be referred to a specialized care center with more resources. In this way, more quality of life is guaranteed for the boys and girls in the unit.
Watch the video and see what some members of the Association have to say about the action:
This was one more of the actions that make the residents find in the REDD+ Project a solution for social development and forest conservation in their territory.
Em trabalho inédito, a médica atendeu crianças de 0 a 5 anos. A necessidade foi identificada pelos líderes da Associação e ação prevista no planejamento anual do projeto, reforçando a preocupação com bem-estar e qualidade de vida da comunidade.
Foi tema de destaque na COP27, mas o financiamento a comunidades vulneráveis como uma das práticas que interferem — e muito — no combate ao desmatamento não é novidade para o Projeto REDD+ RESEX Jacundá.
Um dos pilares que mantém o sucesso desse projeto de conservação florestal após tantos anos de atuação é o foco no bem-estar e qualidade de vida da população local, que sofre carência de serviços públicos básicos.
Atuante na Reserva Extrativista (RESEX) Rio Preto-Jacundá, seu principal objetivo sempre foi fortalecer a cultura extrativista e do associativismo, diminuindo o êxodo populacional. Para atingir um resultado positivo, entre as ações implementadas está o Plano de Vida da comunidade, que abrange incentivos ao desenvolvimento pessoal e social de seus membros.
Seguindo essa linha, foi identificada pelos líderes da Associação de Moradores, pela quantidade de crianças na comunidade, a necessidade de inserir o atendimento pediátrico para a população local, ação, até então, inédita. A atividade foi incluída no planejamento anual de 2022 e concretizada durante esse mesmo ano, com a visita da Dra. Helena, que atendeu as crianças de 0 a 5 anos da Reserva.
“É um trabalho inédito aqui na RESEX. Colocamos em nosso planejamento anual, e hoje estamos contando com a presença da Dra. Helena atendendo as crianças da comunidade” — comentou José Pinheiro, líder comunitário da ASMOREX, no dia da ação.
A intenção com esse primeiro passo é dar início ao acompanhamento do desenvolvimento das crianças desde a primeira infância, avaliando a curva de crescimento e identificando precocemente possíveis enfermidades ou problemas mais graves para que, quando necessário, sejam encaminhadas para um centro especializado de atendimento com mais recursos. Dessa forma, é garantida mais qualidade de vida para os meninos e meninas da unidade.
Assista ao vídeo e veja os depoimentos de alguns membros da Associação sobre a ação:
Essa foi mais uma das ações que fazem os moradores encontrarem no Projeto REDD+ uma solução para o desenvolvimento social e a conservação das florestas de seu território.
Online event for Council members was divided into 4 workshops that showed the business sector how to identify projects and carbon credits with environmental integrity.
The voluntary carbon market is one of the main and most important sources of emission reduction and removal credits, essential to meet the targets set in international climate negotiations, most recently at the COP27 held in November 2022.
The business sector is increasingly positioning itself as a pioneer in this climate ambition agenda. The place for this sector to act is exactly through the voluntary carbon market, a market that is still heterogeneous, enabling credits with different qualities.
In view of this, the Brazilian Business Council for Sustainable Development (CEBDS) has chosen the Ambipar Group, represented by Biofílica Ambipar and Ambipar VG, as a partner for an important mission: to instruct its member companies – which represent more than 50% of the Brazilian GDP – on how to identify carbon projects and credits with environmental integrity.
The online event was divided into 4 workshops with pillar themes for companies to be able to understand the voluntary carbon market:
W1: Voluntary market and business: situating the voluntary market in relation to private sector decarbonization targets
W2: Voluntary carbon market: current international initiatives and state of play in Brazil
W3: Understanding international and national certification standards
W4: Practical analysis of a voluntary project: identifying problems
“If we want the carbon market to advance with environmental integrity, we need to teach those who move the market to be critical, to know what quality projects and credits are. We, as pioneers and market references, have this duty, and this is what we made possible with the workshops, contextualizing the participants and giving them the necessary tools for this evaluation” – comments Annie Groth, Head of Advocacy & Policy at Biofílica Ambipar, one of the specialists who actively participated in the workshops.
To build this intelligence of the more than 100 participants, the workshops went beyond theory and brought into practice cases and examples of companies, such as Braskem and Vale, which already operate actively in the market.
According to Luisa Cotrim, market intelligence specialist at Biofílica Ambipar, this interaction was important for the workshops’ objective to be successfully achieved:
“One of the highlights of the event was, without a doubt, the exchange between the participants, who were able to share experiences, challenges, visions, and cases. This openness allowed the debate to be richer and more interesting for those who are starting to learn about the subject, as well as for those who are already experts.”
The more than 8 hours of content resulted in the construction of the Technical Note: Enhancing Climate Integrity in the Market (Click Here). The document synthesizes the main points of the work so that not only CEBDS members, but other players in the business sector, can be informed about the voluntary market.
Given its relevance, the content covered in the workshops and its importance were also the theme of two episodes of the series ESG de Fato, presented by Ambipar VG’s CEO, Daniela Pedroza.
Being fully aligned with the purpose of decarbonizing the economy, to which Ambipar Group has positioned itself vis-à-vis several sectors, including the voluntary market, the event actively contributed to the joint construction of a knowledge and qualification base for an increasingly larger portion of the market. Step by step, we are getting closer to a greener and more participative future.
Evento online para membros do Conselho foi dividido em 4 workshops que mostraram ao setor empresarial como identificar projetos e créditos de carbono com integridade ambiental.
O mercado voluntário de carbono é uma das principais e mais importantes fontes de créditos de redução e remoção de emissões, essenciais para o cumprimento das metas estabelecidas nas negociações climáticas internacionais, a última na COP27 que aconteceu em novembro de 2022.
O setor empresarial coloca-se, cada vez mais, como pioneiro nessa agenda de ambição climática. O lugar de atuação desse setor é exatamente pelo mercado voluntário de carbono, um mercado ainda heterogêneo, possibilitando créditos com qualidades diversas.
Diante disso, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), elegeu o Grupo Ambipar, representado por Biofílica Ambipar e Ambipar VG,como parceira para uma importante missão: instruir suas empresas-membro — que representam mais de 50% do PIB brasileiro — de como identificar projetos e créditos de carbono com integridade ambiental.
O evento online foi dividido em 4 workshops com temas pilares para que as empresas estejam capacitadas a compreender o mercado voluntário de carbono:
W1: Mercado voluntário e empresas: situando o mercado voluntário em relação a metas de descarbonização do setor privado
W2: Mercado voluntário de carbono: iniciativas internacionais atuais e estado da evolução no Brasil
W3: Entendendo os padrões de certificação internacionais e nacionais
W4: Análise prática de um projeto voluntário: identificado problemas
“Se queremos que o mercado de carbono avance com integridade ambiental, precisamos ensinar quem movimenta o mercado a ser crítico, a conhecer o que são projetos e créditos de qualidade. Nós, como pioneiros e referências do mercado, temos esse dever e foi o que viabilizamos com os workshops, contextualizando os participantes e dando a eles as ferramentas necessárias para essa avaliação” – Comenta Annie Groth, Head de Advocacy & Policy da Biofílica Ambipar, uma das especialistas que participou ativamente dos workshops.
Para construir essa inteligência dos mais de 100 participantes, os workshops foram além da teoria e trouxeram na prática cases e exemplos de empresas, comoBraskem eVale, que já atuam ativamente no mercado.
De acordo com Luisa Cotrim, especialista de inteligência de mercado na Biofílica Ambipar, essa interação foi importante para que o objetivo dos workshops fosse atingido com sucesso:
“Um dos destaques do evento foi, sem dúvidas, a troca entre os participantes, que puderam compartilhar experiências, desafios, visões e cases. Essa abertura permitiu deixar o debate mais rico e interessante tanto para quem está iniciando os conhecimentos sobre o assunto, quanto para quem já é expert.”
As mais de 8 horas de conteúdo resultaram na construção da Nota Técnica: Ampliação da Integridade Climática do Mercado (Clique Aqui). O documento sintetiza os principais pontos do trabalho para que não só membros do CEBDS, mas outros atores do setor empresarial, possam se informar sobre o mercado voluntário.
Dada relevância, o conteúdo abordado nos workshops e sua importância também foram tema de dois episódios da série ESG de Fato, apresentada pela CEO daAmbipar VG, Daniela Pedroza.
Estando totalmente alinhado com o propósito de descarbonização da economia, ao qual o Grupo Ambipar tem se posicionado frente a diversos setores, incluindo o mercado voluntário, o evento contribuiu ativamente com a construção conjunta de uma base de conhecimento e capacitação de uma parcela cada vez maior do mercado. Passo a passo, estamos mais próximos de um futuro mais verde e participativo.
Together, we saw the growth of the voluntary carbon market in 2022. As we predicted, the last year was a time of many advances, and the trend is an increasing acceleration of this agenda, fruit of the awareness that decarbonization must go from companies’ plans and into action.
The initiatives are many and the urgency is high, which is why the private sector has anticipated legal requirements, creating solutions to meet the market – which has already understood the importance of forest conservation and restoration.
In Brazil, three achievements attest to the evolution of the market and should be highlighted:
The establishment of Decree 11.075, which defines the procedures for the elaboration of the Sectorial Plans for Climate Change Mitigation and institutes the National System for the Reduction of Greenhouse Gas Emissions (SINARE, in Portuguese). The Sectoral Plans would be a first step to establish a regulated market in Brazil, but other points remain to be defined before reaching a green and yellow mandatory market.
The growth of the NBS Brazil Alliance – an association composed of more than 20 carbon project developers with the objective of establishing a code of best practices, identifying land and benefit sharing problems, and establishing partnerships with the public sector for the conservation of the Amazon. In addition to being one of the founding members, we are Vice-President of the Alliance, actively working to form a high integrity market for environmental services.
The definition by the Central Bank of Brazil of how sustainability assets, such as carbon credits, should be registered. For the time being, the definition is only valid for financial institutions, but the new practices will certainly influence all other private players and will be an integral part of the accounting management of companies.
Following the global trends of carbon markets, last year we diversified our portfolio and had a leap in areas conserved under our management from our REDD+1 and AR2 Projects and, consequently, carbon credits generated from these mechanisms.
We organized a series of four virtual workshops for CEBDS members on the voluntary carbon market. CEBDS’ members represent more than 50% of the Brazilian GDP, being an important voice for private sector developments. There were more than eight hours of content on decarbonization targets, international agreements related to the market, and a practical assessment of a due diligence analysis of REDD+ projects. The result of the work culminated in the publication of a Technical Note.
In consortium with the law firm Tauil & Chequer, we were contracted by the BNDES (Brazilian Sustainable Development Bank) to elaborate a series of Preliminary Studies for the Concession of Environmental Assets and Forest Carbon Credit in conservation units. The studies will demonstrate, from a market and legal perspective, how it is an important opportunity for Brazil to implement carbon projects on public land.
It is worth mentioning that the Legal Reserve Compensation is another important measure that contributes to forest conservation and to achieve the goals proposed in the Paris Agreement. The evolution was also notorious in this sphere. We saw several states advancing and fulfilling their commitment in the implementation of Environmental Regularization Programs, with São Paulo, Bahia and Mato Grosso do Sul standing out.
Following demand, the largest Brazilian Forest Bank has also grown and next year will have the ‘CRL Portal’ – a search tool for areas according to state, biome, modality and price range per hectare, which is currently in testing phase.
We will face a new government at the Federal level and the promise of a more attentive look at environmental issues. The process of regulating carbon credits in Brazil already started promises to soon institute the National System for Greenhouse Gas Emissions Reduction (Sinare), with the objective of serving as a single central registry of emissions, removals, reductions, and compensations of greenhouse gases and of acts of trade, transfers, transactions, and retirement of certified emission reduction credits.
We were present at COP-27, the UN event that took place in Egypt where we participated in raising discussions about carbon credits. In our view, the serious and committed institutions understood the importance of participating in the transformation, planned and disclosed their actions to become net zero and, from now on, we expect the beginning of the taking of action so that decarbonization, in fact, comes out of the paper.
There were so many relevant events that it was difficult to summarize. We know that this evolution of the carbon markets and our participation in it would not be possible without the commitment of our partners, customers, and employees. Therefore, thank you very much for another year of achievements, which leaves us with the hope and optimism that we are only at the beginning of this journey towards the decarbonization of the economy and towards a cleaner and more democratic future.
We will continue to be judicious and follow everything closely, as we always have, keeping you updated through our monthly market newsletters or whenever you need our team of experts. Together, we make a difference.
An excellent 2023 to all!
Plínio Ribeiro Cofounder and CEO Biofílica Ambipar Environment
1REDD+ — Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation plus conservation of forest carbon stocks, sustainable management of forests, and enhancement of forest carbon stocks. 2AR (Afforestation/Reforestation) — an approach based on the increment of carbon in forest biomass by planting, increasing, or restoring vegetation cover (forest or non-forest) through planting, seeding, or human-assisted natural regeneration of woody vegetation.
Juntos, acompanhamos o crescimento do mercado voluntário de carbono em 2022. Como prevíamos, o último ano foi uma temporada de muitos avanços e a tendência é uma aceleração cada vez maior dessa agenda, fruto da conscientização de que a descarbonização deve sair dos planos das empresas e partir para ação.
As iniciativas são muitas e a urgência é alta, por isso, o setor privado tem se antecipado às definições legais, criando soluções para atender o mercado — que já entendeu a importância da conservação e restauração florestal.
No Brasil, três feitosatestam a evolução do mercado e devem ser evidenciados:
O estabelecimento do Decreto 11.075, que define os procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Os Planos Setoriais seriam um primeiro passo para se estabelecer um mercado regulado no Brasil, mas resta definir outros pontos antes de chegar a um mercado obrigatório verde e amarelo.
O crescimento da Aliança Brasil NBS — associação composta por mais de 20 desenvolvedores de projetos de carbono com objetivo de estabelecer um código de boas práticas, identificar problemas fundiários e de repartição de benefícios, além de estabelecer parcerias com o poder público em relação à conservação da Amazônia. Além de sermos um dos membros fundador, assumimos a vice-presidência da Aliança Brasil NBS, trabalhando ativamente para formar um íntegro mercado de serviços ambientais.
Acompanhando as tendências globais dos mercados de Carbono, no último ano diversificamos o nosso portfólio e tivemos um salto em áreas conservadas sob nossa gestão a partir de nossos Projetos REDD+1 e AR2 e, consequentemente, créditos de carbono gerados a partir desses mecanismos.
A abertura de uma chamada pública pelo BNDES para aquisição de créditos de carbono com objetivo de promover a estrutura e o crescimento do mercado voluntário de carbono no Brasil.
Organizamos uma série de 4 workshops virtuais para membros do CEBDS sobre o mercado voluntário de carbono. Os membros do CEBDS representam mais de 50% do PIB brasileiro, sendo uma voz importante para o desenvolvimento do setor privado. Foram mais de oito horas de conteúdo sobre metas de descarbonização, acordos internacionais relacionados ao mercado, além de casos práticos de análise de diligências de projetos do tipo REDD+. O resultado do trabalhou culminou na publicação de uma Nota Técnica.
Em consórcio com o escritório de advocacia da Tauil & Chequer, fomos contratados pelo BNDES para elaborar uma série de Estudos Preliminares para Concessão de Ativos Ambientais via PSA e Crédito de Carbono Florestal. Os estudos irão demonstrar, em âmbito mercadológico e jurídico, como é uma importante oportunidade para o Brasil implementar projetos de carbono em terras públicas.
Vale destacar que a Compensação de Reserva Legal é outra importante medida que contribui para a conservação de florestas e para atingirmos os objetivos propostos no Acordo de Paris. A evolução também foi notória nessa esfera. Vimos diversos estados avançarem e cumprirem seu compromisso na implementação de Programas de Regularização Ambiental, com destaque para SP, BA e MS.
Acompanhando a demanda, o maior Banco de Florestas do Brasil também cresceu e no ano que vem ganhará o ‘Portal CRL’— ferramenta de busca de áreas de acordo com o estado, bioma, modalidade e faixa de preço por hectares, que está em período de testes.
Temos pela frente um novo governo em âmbito Federal e a promessa de um olhar mais atencioso às questões ambientais. O processo de regulamentação de créditos de carbono no Brasil já iniciado promete instituir em breve o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare), com objetivo de servir de central única de registro de emissões, remoções, reduções e compensações de gases de efeito estufa e de atos de comércio, de transferências, de transações e de aposentadoria de créditos certificados de redução de emissões.
Estivemos presentes na COP-27, evento da ONU que aconteceu no Egito onde participamos levantando discussões sobre créditos de carbono. Em nossa visão, as instituições sérias e comprometidas entenderam a importância de participar da transformação, planejaram e divulgaram suas ações para se tornarem net zero e, a partir de agora, esperamos o início das tomadas de ação para que a descarbonização, de fato, saia do papel.
Foram tantos acontecimentos relevantes que ficou difícil resumir. Sabemos que essa evolução dos mercados de Carbono e nossa participação nela não seriam possíveis sem o comprometimento de nossos parceiros, clientes e colaboradores. Por isso, o nosso muito obrigado por mais um ano de conquistas, que deixa a esperança e o otimismo que estamos apenas no início dessa jornada rumo a descarbonização da economia e a um futuro mais limpo e democrático.
Seguiremos sendo criteriosos e acompanhando tudo de perto, como sempre fizemos, mantendo você atualizado por meio de nossos boletins de mercado mensais ou sempre que precisar com nosso time de especialistas. A diferença fazemos juntos.
Um excelente 2023 a tod@s!
Plínio Ribeiro Cofundador e CEO Biofílica Ambipar Environment
1REDD+ — Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal mais a conservação dos estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento dos estoques de carbono florestal.
2AR (Afforestation/Reforestation) — abordagem baseada no incremento de carbono na biomassa florestal ao implantar, aumentar ou restaurar a cobertura vegetal (florestal ou não florestal) através do plantio, semeadura ou regeneração natural assistida pelo homem da vegetação lenhosa.
O regulamento, por enquanto, é válido apenas para instituições financeiras, mas influenciará todo o mercado. Antecipadamente, as novas práticas recomendadas já estão sendo implementadas na gestão contábil da Biofílica Ambipar.
Novidade importante para o mercado voluntário de carbono: foi divulgada pelo Banco Central uma nova normativa que regulamenta como devem ser contabilizados pelos bancos os ativos ambientais¹, que englobam, por exemplo, créditos de carbono.
Essa normativa traz uma definição clara para o registro contábil desses ativos, explicita que são ativos de sustentabilidade e não ativos financeiros, uma discussão que não tinha total consenso até hoje.
Como ativos de sustentabilidade, eles poderão ser contabilizados de duas formas:
“Por enquanto, a mudança atinge apenas instituições financeiras, mas indiretamente influencia todo o mercado, uma vez que traz critérios objetivos de como contabilizar os créditos de carbono no balanço.” diz Leonardo Ferreira, Gerente Financeiro da Biofílica Ambipar.
A medida representa mais um passo para o fortalecimento e regulamentação do mercado de carbono, uma vez que permite maior transparência e comparabilidade, melhora a qualidade de informação e contribui para o crescimento das operações de ativos de sustentabilidade. Como consequência, veremos uma busca por índices de preços e maior padronização de valores.
“A importância de as instituições financeiras considerarem os passivos em seu balanço está na oficialização dos compromissos ambientais em suas Demonstrações Financeiras, uma vez que antes não existia um mecanismo para oficializar os compromissos ambientais das mesmas.” reforça Leonardo.
Como a tendência é que as regras sejam incorporadas e expandidas para as demais organizações, a Biofílica Ambipar, antecipadamente, já está incorporando as práticas recomendadas em sua gestão contábil.
Mesmo que sejam obrigações não reguladas, já que no Brasil o mercado de carbono é voluntário, o dever das Instituições Financeiras em considerar os passivos em seu balanço terá um efeito significativo, já que muitos bancos têm começado a assessorar seus clientes na trajetória para se tornarem net zero e o modelo servirá de exemplo para ser implementado em instituições de outros nichos.
¹Ativos ambientais ou de sustentabilidade: investimentos de uma empresa ou organização com o objetivo de reduzir impactos ambientais de suas operações.
No último 08/11 foi realizado o 1º treinamento sobre o Guia de Monitoramento do Programa REDD+ Vale do Jari.
O evento contou com a participação de cerca de 20 pessoas, divididas entre os colaboradores da Fundação Jari e os responsáveis pelos outros setores do Grupo Jari (Segurança Patrimonial, Qualidade, Certificação e Meio ambiente, Viveiro e Geoprocessamento), da empresa Agregue, responsável pelo manejo florestal de baixo impacto no Amapá, e Biofílica Ambipar.
O feedback dos participantes foi muito positivo, principalmente por conta da maior clareza que se deu às partes interessadas do seu papel dentro do Programa REDD+ Vale do Jari, bem como o esclarecimento das principais etapas e procedimentos que os projetos passam.
O conteúdo do Guia de Monitoramento é fruto do trabalho que vem evoluindo juntamente entre Biofílica Ambipar e Fundação Jari nos últimos anos, com o objetivo de reunir de maneira didática e objetiva os conceitos, definições, informações, responsabilidades e procedimentos relacionados aos projetos REDD+ situados no Vale do Jari, fornecendo um conhecimento acessível sobre os projetos, e buscando o aperfeiçoamento constante das melhores práticas de gestão dos projetos.
O conteúdo do material foi elaborado baseado nos PDDs validados, nos Relatórios de Monitoramento verificados e em todos os apontamentos de melhorias e lições aprendidas de auditorias que os projetos já passaram. Ainda que denso por conta da grande quantidade de informações e pela complexidade dos projetos, o conteúdo foi apresentado em um formato leve e participativo, almejando servir como uma ferramenta para estimular e fortificar o engajamento das partes interessadas para o desenvolvimento, gestão e governança dos projetos. Durante o dia inteiro foram abordados os 3 temas foco do Guia: Projetos, atividades e indicadores; Partes interessadas e sua atuação; e Monitoramento dos projetos.
O próximo passo das equipes agora é o Monitoramento da eficácia e eficiência de implantação das boas práticas apresentadas, cumprindo com as responsabilidades abordadas à todos.
Para a Biofílica Ambipar, esse primeiro case se iniciou de forma muito positiva, visto principalmente o retorno que tivemos dos participantes. Enxergamos que essa ferramenta será essencial para conseguirmos implantar, monitorar, controlar e atualizar constantemente as boas práticas em nossos projetos, podendo ser replicado em diversas realidades com os devidos ajustes.
O projeto passou pela verificação VCS e CCBS correspondente a safra 2015-2020 e gerou 151 mil créditos de carbono premium doublegold (VCS + CCBS) Comunidade e Biodiversidade. Os créditos estão disponíveis para venda.
Para reduzir impactos sociais e ambientais da região de Machadinho d’Oeste e Cujubim em Rondônia, o Projeto REDD+ RESEX Jacundá tem como foco o investimento na melhoria da qualidade de vida das comunidades e o monitoramento da cobertura florestal e biodiversidade.
O trabalho com a comunidade sempre foi destaque nesse projeto, que foi diretamente desenvolvido junto a ASMOREX – Associação de Moradores da Reserva Extrativista, e garantiu a ele o Selo Ouro Comunidade (CCBS).
Incentivo à educação por meio da realização de cursos técnicos e profissionalizantes voltados para as áreas de gestão financeira, administrativa e organização social;
Implementação de um centro educacional para jovens e adultos, permitindo o acesso a capacitações que possibilitem alcançar melhores condições de emprego e a diversificação de renda;
Melhoria da infraestrutura local por meio da construção e implantação do centro educacional de jovens e adultos, do centro comunitário e do ambulatório;
Aumento do acesso às tecnologias e informação através da aquisição de equipamentos de informática e construção de torre de internet.
Todas as atividades do projeto são abertas e estimuladas para a participação de todos os moradores da RESEX, principalmente mulheres e jovens.
O sucesso dessa parceria foi recentemente reconhecido com a 2ª verificação VCS e CCBS do projeto pelo padrão de certificação Verra para a safra de 2015-2020. Nesse período, foram gerados 151 mil créditos de carbono premium doublegold CCBS, Selo Ouro para Comunidade e Biodiversidade. Os créditos de carbono já estão disponíveis para comercialização e podem ser utilizados para neutralizar emissões com segurança e garantia.
Entenda porque o foco no Brasil é essencial para discussões a âmbito global.
Na segunda passada, o mundo voltava a sua atenção para a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 19 de setembro. Assim também se deu início a Climate Week de Nova Iorque (19 – 25 de setembro), uma semana com mais de 500 eventos espalhados pela cidade voltados ao tema de combate às mudanças climáticas.
Esse ano, o slogan oficial da Semana era “Getting It Done”, ou fazendo acontecer. Todo o ano, diferentes atores do setor privado, público, sociedade civil e acadêmicos são convidados a debater como a agenda climática pode passar do planejamento para a implementação. Os eventos são organizados com o foco em um ou mais temas de uma lista de dez temas oficiais, incluindo dois específicos para Natureza e Financiamento Climático.
Entre os destaques da Climate Week, especialmente em relação a carbono, ficaram o Brazil Climate Summit e o North America Climate Summit. Ambos tinham propostas semelhantes – entender o papel do setor privado em combater as mudanças climáticas – mas um com o foco no Brasil como hub de soluções, outro com discussões mais macros em termos de possíveis caminhos positivos a serem tomados.
Na sua primeira edição, o Brazil Climate Summit tinha como objetivo “entender o papel do Brasil como um hub de soluções para o mundo”. Foram mais de 300 pessoas participando presencialmente na Universidade de Columbia entre os dias 15 e 16 de setembro, estrategicamente antes do início oficial da Climate Week, para garantir uma maior participação. O evento foi tão procurado que a lista de espera chegou a mais de 250 pessoas e todos os eventos foram transmitidos ao vivo em formato virtual.
Entre os pontos chaves discutidos no Brazil Climate Summit, destacaram-se: o foco nas Soluções Baseadas na Natureza como fonte de 30-50% dos tipos de créditos de carbono que poderão originar no Brasil, o Brasil como o país com maior potência para projetos de reflorestamento (quase 10% da potência global) e o foco em conter o desmatamento como prioridade para se atingir o Acordo de Paris, já que a maior parte das emissões brasileiras não são provenientes da sua matriz energética, que é o caso da maior parte de outros países. O reporte completo com outros destaques pode ser acessado aqui.
Já o North America Climate Summit (NACS), organizado pela International Emissions Trading Association (IETA), reuniu mais de 600 pessoas entre os dias 20 e 22 de setembro para “fazer um balanço do cenário Net Zero em evolução do mundo e apontar oportunidades de crescimento verde”.
Diferente do Brazil Climate Summit, os participantes da NACS representavam atores mais globais – estavam presentes desenvolvedores de projetos, traders e brokers de carbono, empresas que compensam ou investem em projetos de carbono e representantes de governos, como da Califórnia e Canada, que possuem mercados regulados. A programação do evento contou com mais de 30 painéis que cobriram assuntos como quais créditos devemos priorizar entre remoção ou redução (a resposta: ambos em estratégias complementares), a melhor maneira de tokenizar créditos, e como avançar a implementação do artigo 6do Acordo de Paris.
A Biofílica foi a primeira empresa brasileira desenvolvedora de projetos de carbono a se afiliar a IETA. Ela participa ativamente das discussões no fórum, exatamente para contribuir com uma visão brasileira de desenvolvimento. Sua atuação principal é dentro do Grupo de Trabalho de Soluções Naturais Climáticas e como membra do Steering Committee do programa de Business for Partnership Market Implementation, um programa liderado pela IETA junto ao Banco Mundial.
Após uma semana intensa de discussões profundas, painéis dinâmicos e novos contatos, a Climate Week também representa uma prévia para a COP27. Apesar de muito mais focada na ação de agentes privados e na sociedade civil, a Climate Week já fornece pautas importantes para serem discutidas na COP27, que acontece entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito. A expectativa é que vários dos mesmos temas discutidos essa semana serão aprofundados em novembro.
Além de acompanhar a Climate Week, a Biofílica tem acompanhado as últimas 11 COPs e viu a última COP (COP26) como importante para reconhecer principalmente o papel do setor privado em trazer financiamento e soluções inovadoras para combater as mudanças climáticas. Na Climate Week de 2022, a discussão tomou um tom ainda mais propositivo – agora que já sabemos que o setor privado tem um papel importante na agenda climática, qual é a melhor maneira de alavancar o impacto desse setor? Como podemos destravar ainda mais a escala do mercado voluntário de carbono?
A Biofílica estará presente também no Egito para conseguir responder essas perguntas, trazendo sempre o foco de soluções brasileiras, baseadas na natureza, como ponto central de qualquer solução global.