Vox destaca iniciativa desenvolvida pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas como um dos cases de sucesso de restauração florestal em larga escala.
Campanhas de plantio de árvores em massa ganharam popularidade como uma solução para a crise climática que estamos enfrentando. Mas, sem um planejamento adequado, frequentes falhas fazem com que grande parte deste trabalho seja perdido.
Qual o melhor caminho, então, para que esse plantio seja bem-sucedido?
A Vox, importante veículo online, publicou uma matéria onde apresentou algumas iniciativas de plantio de árvores que falharam. Em contrapartida, destacou o projeto Corredores de Vida, desenvolvido pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, como uma case que tem funcionado.
O Projeto visa formar corredores ecológicos a partir da restauração da vegetação natural da Mata Atlântica brasileira e promover a conectividade entre os fragmentos florestais remanescentes na Região do Paranapanema, no Oeste Paulista.
Nos últimos 35 anos, o instituto trabalhou em sinergia com comunidades locais para viabilizar o plantio de cerca de 2,7 milhões de árvores nativas que são úteis para os moradores da região — como árvores frutíferas e madeireiras, que fornecem matéria-prima para construção. Dessa forma, criam um novo fluxo de receita ao mesmo tempo que formam uma rede de corredores florestais que ajudam espécies de fauna a se recuperarem.
Ainda, para que o processo seja bem-sucedido, planejamento e preparo do solo são primordiais. Antes do plantio são estudados os mapas de áreas prioritárias para restauração, levando em consideração o potencial hídrico da região e o período do ano em que as árvores serão plantadas.
Além disso, é importante compreender que mesmo espécies de árvores que possuem crescimento rápido levam pelo menos três anos para amadurecer, e que esse tempo pode chegar a 8 anos ou mais. Por isso, o plantio exige um compromisso e recursos a longo prazo e muitos anos de monitoramento — o que também foi previsto pelo IPÊ para este projeto.
Projeto AR¹ Corredores de Vida – Créditos de Carbono de remoção.
A restauração florestal na região do Pontal do Paranapanema está em acelerada expansão com a parceria estabelecida entre o IPÊ e a Biofílica Ambipar Environment para o desenvolvimento de um projeto de carbono, intitulado Projeto AR Corredores de Vida.
Com a experiência do IPÊ em restauração ecológica e atuação socioambiental na região e da Biofílica no desenvolvimento, gestão e comercialização de créditos de carbono, o Projeto AR Corredores de Vida visa restaurar 75mil hectares de áreas de passivos ambientais no Pontal do Paranapanema em 50 anos de projeto.
Já está em andamento o plantio de 1 milhão de árvores em 500 hectares de áreas degradadas e a Biofílica Ambipar Environment planeja captar recursos para restaurar outros 1.000 hectares ainda em 2022 com a venda antecipada de aproximadamente 300 mil créditos de carbono de remoção florestal.
A Biofílica Ambipar Environment
Fundada em 2008, a Biofílica Ambipar Environment tem como missão a criação de um sólido e confiável mercado de serviços ambientais no Brasil, através da geração e comercialização de créditos de carbono de Nature-Based Solutions (NBS), ou Soluções Baseadas na Natureza.
Desenvolvemos projetos que promovem a redução e o sequestro de emissões de carbono por meio da conservação florestal e do reflorestamento, valorizando florestas em pé e seus serviços ambientais e protegendo a biodiversidade. Além disso, investimos em pesquisa científica e no desenvolvimento socioeconômico das comunidades que vivem nessas áreas. Somos referência nacional em compensação de reserva legal, oferecendo soluções em todas as modalidades, estados e biomas.
O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas
O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização brasileira sem fins lucrativos que trabalha pela conservação da biodiversidade do país, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis. Fundado em 1992, tem sede em Nazaré Paulista (São Paulo), onde também fica o seu centro de educação, a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.
Presente nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal e Cerrado, o Instituto realiza cerca de 30 projetos ao ano, aplicando o Modelo IPÊ de Conservação, que envolve pesquisa científica de espécies, educação ambiental, envolvimento e mobilização comunitária, conservação de habitats e da paisagem e apoio à construção de políticas públicas. Além de projetos locais, o Instituto também implementa trabalhos em diversas regiões, seguindo os temas Áreas Protegidas, Áreas Urbanas e Pesquisa & Desenvolvimento (Capital Natural e Biodiversidade).
O IPÊ é responsável pelo plantio de 6 milhões de árvores na Mata Atlântica, contribui diretamente para a conservação de seis espécies de fauna, realiza educação ambiental e capacitação para 12 mil pessoas por ano, em média. Os projetos beneficiam 200 famílias com ações sustentáveis e conhecimento sobre conservação ambiental.
Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, a organização conta com parceiros de todos os setores e trabalha como articulador em frentes que promovem o engajamento e o fortalecimento mútuo entre organizações socioambientais, iniciativa privada e instituições governamentais. www.ipe.org.br
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apoiar este projeto e compensar suas emissões de carbono.
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¹AR (Afforestation/Reforestation) — abordagem baseada no incremento de carbono na biomassa florestal ao implantar, aumentar ou restaurar a cobertura vegetal (florestal ou não florestal) através do plantio, semeadura ou regeneração natural assistida pelo homem da vegetação lenhosa.